Cessão onerosa vai gerar maior valor à Petrobras e acelerar dividendos, projeta UBS
Diante da aprovação das regras do leilão da cessão onerosa pelo TCU e da promulgação de lei pelo Congresso Nacional da data do processo para o próximo dia 6, o UBS publicou relatório avaliando os impactos para a Petrobras (PETR3; PETR4).
“O reembolso a ser recebido pela Petrobras deverá acelerar o processo de desalavancagem e liberar valor de curto prazo aos acionistas”, opinam os analistas Luiz Carvalho e Gabriel Barra.
Para o banco suíço, a concretização da cessão onerosa poderá transformar a maior petrolífera da América Latina em uma “empresa pagadora de dividendos mais rápido do que o esperado pelo mercado”.
Reembolso em foco
Em relação à quantia de US$ 45 bilhões a ser recebida pela estatal, conforme projetado pela ANP, o UBS avalia que o montante é “acima de suas projeções” e foi pautado em “premissas que provavelmente não serão concretas”.
Desta forma, a projeção dos analistas é de reembolso dentro do intervalo de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões.
A recomendação para as ações é de compra, com preço-alvo de R$ 34. Caso se materializem as projeções, o papel poderá subir 28,2% – de acordo com o último fechamento.
Credit mais otimista
O Credit Suisse acredita que o valor a ser recebido pela petrolífera será de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões. “Dentro deste contexto, continuamos a acreditar que provavelmente o governo pagará um valor menor a Petrobras”, avaliam os analistas Regis Cardoso e Victor Schmidt, em relação aos US$ 45 bilhões ventilados.
A recomendação dos ADRs (American Depositary Receipts) é de outperform (desempenho) acima da média do mercado, com preço-alvo de US$ 21 – upside (potencial de valorização) de 52,5% em doze meses conforme o último fechamento.