Saúde

Causa de pneumonia misteriosa intriga pesquisadores

04 jan 2020, 17:45 - atualizado em 03 jan 2020, 11:11
Estudos de patógenos descartaram doenças respiratórias comuns, como influenza, gripe aviária e infecções por adenovírus (Imagem: Pixabay)

A causa de uma misteriosa infecção pulmonar na China continua a desafiar autoridades de saúde diante do aumento do número de casos registrados.

Até sexta-feira, 44 pessoas foram diagnosticadas com pneumonia cuja causa é desconhecida, segundo comunicado da Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. Há três dias, o número de casos era de 27. Onze pessoas estão em estado grave.

A Organização Mundial da Saúde está em contato com o governo chinês, e as investigações estão em andamento, embora as autoridades ainda não possam confirmar qual patógeno é responsável pela infecção, disse o porta-voz Tarik Jasarevic, em Genebra.

O Ministério da Saúde de Cingapura disse que vai medir a temperatura de todos os passageiros que chegam ao aeroporto de Changi com origem na cidade chinesa de Wuhan. Em Hong Kong, sistemas de imagens térmicas serão implantados como parte do aumento do monitoramento de febre nos postos de controle, disseram as autoridades. Taiwan implementou medidas similares, disse o Centro de Controle de Doenças na terça-feira.

Estudos de patógenos descartaram doenças respiratórias comuns, como influenza, gripe aviária e infecções por adenovírus, disseram autoridades de saúde de Wuhan. Algumas pessoas com pneumonia trabalhavam no mercado de frutos do mar e produtos frescos da cidade. Todos os pacientes estão sob quarentena, de acordo com a comissão.

O mercado, que agora está fechado, vendia pássaros, faisões e cobras, além de órgãos de coelhos e outros animais selvagens, disse na quinta-feira o Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota, que citou reportagens da mídia. O surto despertou preocupações sobre a possível transmissão de um vírus desconhecido para seres humanos – remanescente da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS, que matou quase 800 pessoas há cerca de 17 anos. O Instituto Wuhan de Virologia não respondeu a uma solicitação por e-mail para comentar sobre o surto infeccioso.

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