Black Friday da Bolsa: as ações boas e baratas para comprar agora
Na véspera da Black Friday, a XP Investimentos reuniu as melhores oportunidades do mercado acionário brasileiro para comprar agora.
Usando como métrica o método de múltiplos – que compara o preço da ação com o desempenho econômico-financeiro das empresas e com características similares de mercado –, a equipe de análise da corretora chegou aos dez papéis que compõem a lista.
Veja a seguir um pouco mais sobre cada um deles:
JBS (JBSS3)
De acordo com a XP, a JBS está sendo negociada com um múltiplo atrativo – 5,5 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre o Ebitda) estimado para 2020.
“A empresa deve continuar reportando fortes resultados adiante, impulsionados também pelo ambiente favorável para o setor devido à peste suína africana na China”, avaliou a corretora. Soma-se a isso a potencial listagem das ações nos Estados Unidos.
Os papéis da empresa de aluguel de carros negociam a aproximadamente 17 vezes o Preço/Lucro, desconto de mais de 30% comparado com as ações da Localiza (RENT3).
Apesar da forte alta no ano, a XP continua vendo o ativo como uma opção atrativa.
“O forte crescimento e a melhora sequencial desde a fusão com a Locamerica são algumas das razões para a recomendação”, complementou.
Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil negocia a um preço de 1,3 vez seu valor patrimonial, o que implica um desconto de 34% em relação ao Bradesco (BBDC4) e de 46% comparado ao Santander (SANB11).
Dessa forma, a corretora enxerga espaço para valorização, sustentando sua expectativa de maiores lucros para a empresa em 2020 e expansão de sua carteira de crédito.
Vale (VALE3)
Apesar das ações da Vale estarem sendo negociadas a 4,6 vezes o EV/Ebitda estimado para 2020, 12% abaixo de sua média histórica, a XP acredita que o retorno de fluxo de caixa da mineradora pode chegar em torno de 14% no próximo ano.
Pão de Açúcar (PCAR4)
As negociações dos papéis do Pão de Açúcar negociam a um Preço/Lucro de 14,2 vezes contra 23,5 vezes para o setor. O múltiplo implícito da operação da companhia no Brasil é de 11,6 vezes, abaixo do múltiplo para o Carrefour Brasil (CRFB3), de 16,9 vezes.
“Com o processo de reestruturação dos ativos do Casino na América Latina e a migração das ações para o Novo Mercado (esperada para 2020), acreditamos que o atual desconto das ações não é justificado, ou seja, o preço atual é uma boa oportunidade de compra em relação aos concorrentes”, ressaltou a XP.
Via Varejo (VVAR3)
Os analistas acreditam que a Via Varejo oferece um risco-retorno assimétrico devido ao processo de reestruturação com a nova diretoria.
“Como o lucro da companhia está comprimido, após um período de erros operacionais que levaram a um fraco desempenho de vendas, preferimos olhar o múltiplo EV/GMV (Vendas Online) ao invés de Preço/Lucro”, explicou a corretora.
Considerando a métrica utilizada, as ações da Via Varejo negociam a 0,4 vezes para 202, resultado baixo comparado ao do Magazine Luiza (MGLU3) e da B2W (BTOW3) – respectivamente, 1,9 vezes e 1 vez.
Setor elétrico e saneamento
A Taxa Interna de Retorno ou Taxa Mínima de Atratividade (TIR) é a principal métrica para avaliar se uma empresa do setor elétrico ou de saneamento está cara ou barata, e corresponde à rentabilidade de um investimento.
AES Tietê (TIET11)
A AES Tietê negocia a uma TIR de 14,9%. De acordo com a XP, o desconto exacerbado se deve às preocupações com a falta de chuvas nos próximos anos e consequências para as geradoras hidrelétricas.
A recomendação para os papéis da companhia é de compra, com preço alvo de R$ 16,50.
EDP (ENBR3)
A EDP é negociada a uma TIR de 12,7%.
“É um desconto injustificado em relação aos seus concorrentes privados no setor elétrico, que negociam a 10,6%”, comentaram os analistas.
Como os resultados da empresa devem acelerar nos próximos anos, a corretora tem recomendação de compra com preço-alvo por ação de R$ 26.
Copel (CPLE6)
A Copel negocia a uma TIR de 11,4%, preço relativamente baixo.
Na avaliação da XP, a ineficiência na gestão de custos e o histórico de investimentos com baixos retornos aos acionistas contribuíram para o desconto.
Ainda assim, a imposição de iniciativas de controle de custos e a redução do endividamento reforçam a estimativa da corretora de que existem poucas razões para a taxa baixa perdurar.
A recomendação para o ativo é de compra, com preço-alvo de R$ 68.
Sanepar (SAPR11)
As ações da Sanepar possuem normalmente um preço menor em relação aos concorrentes. Dessa maneira, a companhia é negociada a uma TIR de 16,9%.
“Isso ocorre porque a companhia passou por muitas incertezas regulatórias em seu processo de revisão tarifária”, justificou a XP.
Com o problema do questionamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o reajuste tarifário de 2019 resolvido, a corretora tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 107.