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BB-BI: acordo com Boeing permite que Embraer conduza estratégia de longo prazo

31 jan 2019, 14:12 - atualizado em 31 jan 2019, 14:24
(Wikimedia Commons)

Por Investing.com – Após a assinatura do acordo entre a Boeing e a Embraer (EMBR3), no dia 24 de janeiro, o Banco do Brasil (BBAS3) Investimentos divulgou nesta quinta-feira (31) uma análise sobre a operação. Para a equipe, o otimismo segue em relação à companhia brasileira, que permitirá conduzir sua estratégia de longo prazo, considerando também a expertise da administração de um dos maiores produtores de aeronaves do mundo.

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Como a gestão do segmento comercial (Nova Embraer) ficará a cargo dos executivos da Boeing, os analistas acreditam que a administração da Embraer poderá se concentrar em estratégias para os segmentos de aviação executiva, Segurança & Defesa e suporte e serviços.

O Master Transaction Agreement, um acordo de parceria estratégica na aviação comercial e um Contrato de Contribuição, foi firmado na semana passada, que concluiu os termos e condições para a criação de uma joint venture para promover e desenvolver novos mercados e aplicações. o avião multi-missão KC-390.

O BB-BI destaca que a transação será concluída após deliberação e aprovação pelos acionistas da Embraer em Assembleia Geral Extraordinária; a aprovação pelas autoridades brasileiras, pelos Estados Unidos e outras jurisdições aplicáveis; e também a satisfação de outras condições usuais em operações desta natureza. A Assembleia Geral Extraordinária será realizada em 26 de fevereiro de 2019.

Pelo acordo, a Boeing adquirirá uma participação de 80% no segmento de aviação comercial por US$ 4,2 bilhões. Segundo a Embraer, a separação dos negócios e a criação da nova empresa vão gerar custos em torno de US$ 1,2 bilhão. Como resultado, a receita líquida da Embraer será de US$ 3,0 bilhões. A fabricante brasileira também concordou com o direito de vender os 20% restantes ao preço de compra ajustado pela inflação ao longo de um período de 10 anos. Depois disso, a Embraer terá o direito de vender sua participação de 20% ao valor de mercado.

Além da parceria no segmento de aviação comercial, as negociações incluem a criação de uma parceria no projeto KC-390, onde a Embraer terá 51% e a Boeing e 49%. Destaque para o fato de que a Boeing já tinha o direito de vender a aeronave KC-390 com o recebimento de taxas de comissionamento. No entanto, a joint venture criada trará benefícios de sinergias de custos entre as empresas e contará com a contribuição da Boeing para os novos investimentos proporcionalmente à parceria. Além disso, o projeto KC-390 poderia se beneficiar do poder de barganha da Boeing com os países relevantes na aquisição de equipamentos de guerra, como os EUA.

A transação deve ser concluída até o final de 2019. Após a conclusão do negócio, a “nova” Embraer receberá US$ 3,0 bilhões, dos quais US$ 400 milhões serão usados ​​para cobrir passivos operacionais e financeiros, e US$ 1,6 bilhão ser distribuído via dividendos.

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