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As 5+ e 5- do Ibovespa em outubro

31 out 2017, 23:43 - atualizado em 05 nov 2017, 13:52

Temer

Em um mês conturbado para a Bolsa, com investidores revisando cenários e a crise política ainda presente, algumas ações oscilaram mais de 10% tanto para cima, quanto para baixo. O Money Times compilou os motivos para as cinco que mais subiram e que caíram no Ibovespa neste em outubro. Confira a seguir e prepare-se para o penúltimo mês de 2017:

As 5-

5- do Ibovespa em outubro
Embraer EMBR3 -12,41%
CSN CSNA3 -12,28%
Copel CPLE6 -11,48%
JBS JBSS3 -11,29%
Sabesp SBSP3 -10,46%
Ibovespa IBOV 0,02%

1 – Embraer (EMBR3): -12,41%

A Embraer foi afeta no mês, principalmente, pela parceria entre a Airbus e a Bombardier. A associação entre as fabricantes de aeronaves Airbus e Bombardier no programa de jatos comerciais CSeries acirrou a competição no segmento e acendeu o sinal de alerta. Além disso, Os números do terceiro trimestre da Embraer vieram praticamente em linha com as estimativas do mercado. Pegou mal, porém, a meta de lucratividade para o ano que vem. A fabricante de aeronaves apresentou um guidance de margem operacional de 5% a 6% em 2018, abaixo do 8% a 9% de 2017.

2 – CSN (CSNA3): -12,28%

Envolta em um longo processo de recuperação operacional, a CSN registrou a segunda maior queda do índice brasileiro no mês. A empresa foi afetada no início de outubro, assim como todo o setor, pela imposição de tarifas antidumping ao aço laminado a quente pela União Europeia. Nos últimos dias, porém, uma notícia positiva. A siderúrgica, após quase um ano de disputa entre a empresa e auditores independentes, entregou o seu balanço de 2016 e do último trimestre do ano passado. Isso abre espaço para a renegociação da sua dívida com bancos. Mas o que pesou, ao final, foi a queda de 6,5% do minério de ferro no período.

3 – Copel (CPLE6): – 11,48%

A companhia paranaense ficou entre as maiores quedas do índice ao sofrer com a avaliação preliminar da Aneel sobre o custo de capital das companhias. Segundo o documento preparado pela reguladora, o custo de capital – conhecido como WACC – fica em 7,24% contra 7,33% estimado e 8,09% atualmente. Em um relatório, o Safra estimou um impacto negativo de 6% no valuation da empresa.

4 – JBS (JBSS3): – 11,29%

Protagonista da crise política no país, a JBS sofreu com uma avalanche de notícias desfavoráveis no período. Entre os destaques, vale ressaltar a desistência do IPO da subsidiária nos EUA, os irmãos Joesley se tornaram réus por uso de informação privilegiada e passaram a ser processados pela CVM e, por fim, Moody’s e S&P cortaram os ratings da companhia.

5 – Sabesp (SBSP3): – 10,46%

As ações da empresa de água e saneamento foram penalizadas em mês de anúncio de um acordo junto à Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Para encerrar todos os litígios, a Sabesp se compromete a acertar com a Emae R$ 6,61 milhões em pagamentos anuais até 2042, corrigidos da data da assinatura pelo IPCA, sendo o primeiro deles a ocorrer até o último dia útil deste mês; e R$ 46,270 milhões em cinco parcelas anuais e sucessivas, corrigidas também monetariamente pelo IPCA, sendo a primeira de R$ 9,254 milhões, que teve seu vencimento determinado em 30 de abril deste ano, e as demais de igual valor, com vencimento todo dia 30 de abril dos anos seguintes. Vale lembrar que a Sabesp passa por um processo de reorganização societária que poderá resultar em uma capitalização bilionária.

As 5+

5+ do Ibovespa em outubro
Braskem BRKM5 23,40%
Fibria FIBR3 22,15%
Usiminas USIM5 13,24%
Eletrobras ELET6 11,68%
Eletrobras ELET3 11,59%
Ibovespa IBOV 0,02%

1 – Braskem (BRKM5): +23,40%

As ações da petroquímica engataram uma disparada a partir da informação de um possível interesse da Lyondellbasell. Segundo o Wall Street Journal, a holandesa teria feito uma aproximação para comprar o controle da Braskem, precificando a empresa em mais de US$ 10 bilhões. Em nota, a Odebrecht disse que “segue trabalhando em alternativas que agreguem valor à Braskem e a todos os seus acionistas, e reafirma a intenção de manter a Braskem como parte dos investimentos do grupo”. Questionado, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse não ter conhecimento da proposta. A estatal é sócia da Odebrecht na petroquímica.

2 – Fibria (FIBR3): + 22,15%

As ações da produtora de celulose se destacaram em mês de divulgação de resultados do terceiro trimestre. O lucro líquido totalizou R$ 743 milhões, um valor 23 vezes acima do reportado em igual período do ano passado. O CEO Marcelo Castelli afirmou que a Fibria está aberta a oportunidades de consolidação. O mercado aposta em uma fusão com a Suzano, principalmente após a Eldorado Celulose, da J&F, ter sido vendida para uma estrangeira (Paper Excellence). Isso reduziria a chance de reprovação no Cade. Além disso, por ser uma empresa exportadora, a Fibria se beneficia da alta do dólar. Só em outubro a moeda americana subiu 3,32% em meio às incertezas quanto ao futuro da política monetária nos Estados Unidos.

3 – Usiminas (USIM5): +13,24%

Os papéis da siderúrgica também apresentaram ganhos expressivos em meio à divulgação dos números do terceiro trimestre. A Usiminas reverteu o prejuízo do terceiro trimestre de 2016 e registrou lucro líquido de R$ 76 milhões em 2017, com redução no resultado financeiro negativo. Segundo o presidente da siderúrgica mineira Sergio Leite, a empresa alcançou um Ebitda anualizado de R$ 1,980 bilhão, o mesmo nível de geração de caixa observado em 2013 e 2014, anos que precedem a crise financeira da empresa. Com a alta das ações, a propósito, a CSN indicou que poderia se desfazer dos ativos para ajudar na redução de sua alavancagem.

4 e 5 – Eletrobras (ELET6, ELET3): +11,68% e 11,59%

As ações da estatal do setor elétrico têm sido favorecidas pelo andar da carruagem do projeto de privatização. Além disso, logo no inicio do mês, a Eletrobras e a Eletropaulo anunciaram um memorando de entendimentos para negociar um possível acordo visando encerrar uma disputa judicial envolvendo um empréstimo concedido pela Eletrobras à Cteep – que posteriormente foi cindida e criada a atual Eletropaulo. Voltando à privatização, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse nesta terça-feira que a modelagem para o processo já foi definida e o texto da MP deve ser encaminhado até semana que vem para análise dos ministros.

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