Internacional

Arábia Saudita e Rússia ganham apoio para ampliar cortes na produção de petróleo

06 dez 2019, 13:57 - atualizado em 06 dez 2019, 13:57
Opep Setor Petrolífero
A Opep se reuniu na quinta-feira em Viena, deliberando sobre suas políticas por mais de cinco horas (Imagem: Reuters/Leonhard Foeger)

A Arábia Saudita e a Rússia ganharam apoio nesta sexta-feira para cortes mais profundos na produção da Opep e de seus aliados, à medida que tentam reduzir o excesso de oferta global em 2020 e sustentar os preços.

O grupo de mais de 20 produtores concordou em realizar um corte adicional de 500.000 barris por dia (bpd) no primeiro trimestre de 2020, disseram fontes à Reuters, elevando o total de cortes para 1,7 milhão de bpd, ou 1,7% da demanda global.

O grupo chamado Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, produz mais de 40% do petróleo global. Eles começaram uma reunião a portas fechadas mais cedo para discutir como os cortes adicionais serão distribuídos.

Do montante adicional de novos cortes, a Opep deve arcar com aproximadamente 340.000 bpd, enquanto os produtores não pertencentes ao grupo contribuirão com 160.000 bpd, disse uma fonte nesta sexta-feira.

“Apesar dos cortes mais profundos em potencial, vemos muitas manchetes aquém das expectativas de consenso”, disse o Goldman Sachs em nota, citando fatores que incluem a curta duração do acordo.

A Opep+ aprofundará os cortes nos primeiros três meses de 2020, período mais curto que os cenários de seis ou 12 meses que alguns membros da Opep desejavam.

Os cortes compensaram um aumento esperado da oferta em países que não fazem parte da Opep+, incluindo o maior produtor Estados Unidos.

A Opep se reuniu na quinta-feira em Viena, deliberando sobre suas políticas por mais de cinco horas. A duração da reunião levou ao cancelamento de uma coletiva de imprensa e de um jantar de gala para os delegados a bordo de um barco no Danúbio.

Onze dos 14 estados membros da Opep estão participando das restrições de oferta. Irã, Líbia e Venezuela estão isentos.

A Opep+ inclui ainda a Rússia e outras nove nações – Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Sudão do Sul e Sudão.

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