Mercados

Após duas quedas, dólar fecha a R$ 4 antes de Copom e Fed

29 out 2019, 17:43 - atualizado em 29 out 2019, 17:43
O dólar <BRBY> encerrou esta terça em alta de 0,28%, a 4,0032 reais na venda (Imagem: Pixabay)

O dólar fechou em leve alta nesta terça-feira, voltando a ficar acima dos 4 reais depois de na véspera ter terminado abaixo desse patamar pela primeira vez desde agosto, conforme o mercado se acomodou na véspera de aguardadas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

No mercado interbancário, o dólar encerrou esta terça em alta de 0,28%, a 4,0032 reais na venda.

Na B3 –onde as operações com derivativos vão até as 18h–, o contrato de dólar futuro mais negociado mostrava elevação de 0,25%, a 4,0015 reais, por volta de 17h11.

A leve alta da moeda nesta sessão manteve o padrão do mercado deste mês, que alterna alguns dias de quedas com sessões de modestos ganhos.

Na sexta, o dólar caiu 0,88%, enquanto na véspera a cotação cedeu 0,44%, para 3,9919 reais na venda –menor patamar desde 15 de agosto.

Esta terça marcou o segundo dia consecutivo em que a cotação evitou fechar abaixo de sua média móvel linear de 100 dias, indicador técnico acompanhado pelo mercado. Na semana passada, o dólar caiu abaixo da média de 50 dias, o que pode ter acionado ordens automáticas de vendas e endossado a queda da moeda abaixo dos 4 reais.

“Nos atuais patamares alguma estabilização de curto prazo pode ser vista”, disse Karen Jones, analista do Commerzbank, que vê as taxas de 3,9843 reais e 4,0502 reais como respectivos níveis imediatos de suporte e resistência.

Em outubro, o dólar acumula depreciação de 3,67%, a caminho da maior baixa mensal desde janeiro. A aprovação da reforma da Previdência no Brasil, expectativas de ingressos de capital, de juros mais baixos nos Estados Unidos, sinais de progresso nas negociações tarifárias entre China e EUA e a maior possibilidade de um Brexit ordenado têm respaldado o alívio para a taxa de câmbio.

Ainda assim, qualquer valorização mais forte do real deve ser limitada pela perspectiva de queda da Selic, que diminui o retorno da moeda doméstica em relação a outras divisas.

Pela pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê taxa de 4,00 reais tanto ao fim de 2019 quanto no encerramento de 2020.

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