Mercados

Oi: Ações ordinárias sobem 0,62% e preferenciais caem 3,31%; BTG, Credit Suisse e Bradesco avaliam

12 set 2019, 17:40 - atualizado em 12 set 2019, 17:41
Para o Bradesco BBI, “a reforma deve beneficiar muito a Oi”, fundamentando a “visão otimista com as ações” (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

As ações ordinárias da Oi (OIBR4) fecharam em alta de 0,62% nesta quinta-feira (12), negociadas a R$ 1,63. Já os papeis preferenciais (OIBR3) caíram 3,31%, vendidos a R$ 1,17.

Diante da mudança na Lei das Teles no Senado, com alterações na regulação, Bradesco BBI, BTG Pactual e Credit Suisse avaliam o panorama do setor, bem como listam prognósticos para as principais empresas de telecomunicações.

Outras beneficiadas

Para o Bradesco BBI, “a reforma deve beneficiar muito a Oi”, fundamentando a “visão otimista com as ações” da companhia. Além da estatal, outras empresas devem ser beneficiadas, como Telefônica Brasil (VIVT4), Claro Tim (TIMP3), na avaliação do banco.

“No geral, vemos a aprovação final da reforma das telecomunicações como marco importante no setor”, afirmam os analistas Fred Mendes e Flavia Meirelles, por permitir consolidação no mercado. A mudança diminui as incertezas no setor, não somente pela migração do regime de concessão para autorização, mas também por “permitir renovações de concessão”.

Tim namora a Oi?

O BTG Pactual avalia a possibilidade de fusão entre Tim e Oi. “A Oi é um ativo estratégico para os investidores que desejam entrar ou expandir a sua presença no mercado brasileiro”, afirmam os analistas Carlos Sequeira, Bernardo Teixeira e Osni Carfi.

O banco acredita que, devido as suas “ultra-sinérgicas” redes e serviços, uma fusão entre a Oi e a Tim tem sido especulada há muito tempo. ““Agora, com a reestruturação quase terminando e a nova lei de telecomunicações aprovada, as negociações de fusões e aquisições podem ganhar força novamente. Estimamos enormes sinergias com essa fusão, principalmente na forma de menor necessidade de investimentos operacionais”, explicam.

Eficiência

O Credit Suisse avalia que a Lei das Teles remove riscos legais e permitirá eficiência no setor de telecomunicações. “Os ganhos operacionais serão vistos mais adiante, no longo prazo, e podem ser compensados pelo capex (plano de investimentos)”, afirma o analista Daniel Federle.

“Uma operação de M&A (Fusões e Aquisições) envolvendo a Oi começa a se tornar mais provável”, afirma o banco.

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