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A Petrobras Voltou: Lucro e Dividendos, como sempre deveria ter sido

08 maio 2018, 9:35 - atualizado em 08 maio 2018, 10:43
A gigante alcançou um lucro líquido de R$ 6,961 bilhões, o que representa um crescimento de 56%

Ao ler o balanço do primeiro trimestre da Petrobras (PETR3; PETR4), o investidor pode entoar uma canção como aquelas ouvidas nos estádios de futebol: “O campeão voltou…!”. Após quatro anos de resultados erráticos, pagamentos de indenizações, prejuízos, influência estatal, este parece ser o primeiro resultado limpo da estatal de petróleo após o início da Lava Jato.

A gigante alcançou um lucro líquido de R$ 6,961 bilhões, o que representa um crescimento de 56% na comparação com o visto um ano antes. O resultado foi impulsionado pelo aumento da cotação do Brent, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo, e maior lucro com vendas de derivados, em consequência da política de preços implementada.

Este é, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões. O endividamento, medido pela dívida líquida/EBITDA ajustado ficou em 3,52 vezes (sem o acordo da class action seria de 3,07). A meta é de 2,5 vezes ao final de 2018.

“Nosso objetivo, e ainda há muito o que fazer, é chegar a dezembro com uma empresa que tem indicadores de segurança entre os melhores do nosso setor, financeiramente equilibrada e com sua reputação recuperada”, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Ou seja, finalmente a companhia pode se aproveitar da melhora do ambiente internacional para por a casa em ordem. A equipe liderada por Parente revisou a governança corporativa interna, direcionou investimentos, vendeu ativos, fez parcerias e agora se dá “ao luxo” de até distribuir parte do sucesso com os investidores.

Foi aprovada a antecipação de Juros sobre Capital Próprio, no valor de R$ 0,05 por ação, igualmente para preferenciais e ordinárias. Não se sabia se o pagamento seria igual ou diferente. É menos do que estimava o Credit Suisse em um relatório recente, que estava em torno de R$ 0,20, mas já é um movimento bastante relevante para uma empresa que ressurgiu das cinzas.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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