A hora e a vez dos fundos imobiliários: XP divulga carteira recomendada de dezembro
De olho na diversificação do investidor, a XP Investimentos publicou sua carteira recomendada de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) para dezembro.
A modalidade se destaca pela não incidência de Imposto de Renda à pessoa física, por permitir exposição ao setor imobiliário sem aquisição física de um bem e pela terceirização da gestão através de um profissional especializado.
“Mantemos a nossa visão positiva para os fundos imobiliários, que se mantém atrativos quando comparados aos juros locais mesmo após sua forte performance recente”, afirma o analista Renan Manda.
Recordes e perspectivas
A corretora ressalta os números recordes da indústria de fundos imobiliários, apresentando R$ 75,5 bilhões em valor de mercado e volume de negociação na casa dos R$ 4 bilhões durante o mês de outubro.
O crescimento de 10,19% no número de investidores na base mensal de comparação diante do volume de setembro também é apontada por Manda como indicativo da “atratividade e o crescente interesse nesse produto”.
A tendência de queda da taxa básica de juro para patamar próximo a 4,25% no próximo ano na avaliação da XP Investimentos e a melhora nas projeções do PIB dentro do relatório Focus se mostram como pilares para pavimentar o caminho positivo inerente aos fundos imobiliários.
Lajes corporativas predominam
Ao contrário do Santander, com maior foco no setor logístico, a equipe de análise da corretora optou por maior exposição ao segmento de “Lajes Corporativas”, “especificamente em ativos de alto padrão e localizados em regiões premium na cidade de São Paulo”.
Em segundo lugar, assim como o banco, a preferência é pela exposição ao setor logístico, pela “visão mais positiva em relação ao crescimento desse segmento, que encontra demanda crescente por ativos AAA próximo a regiões metropolitanas”.
Mudanças
A XP Investimentos retirou em dezembro os ativos Mogno FoF (MGFF11) e CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11). A primeira saída deve-se ao “prêmio expressivo de 28% sobre o seu valor patrimonial”. Por sua vez, a segunda ocorre pela avaliação de que o fundo é negociado a “um prêmio de 16% sobre seu valor patrimonial”.
Em substituição, há a entrada de RBR Alpha Fundo de Fundos (RBRF11) e Valora RE III (VGIR11).
“Acreditamos que o RBRF tem potencial para continuar entregando rentabilidades atrativas, em linha com o seu dividend yield reportado nos últimos meses. Adicionalmente, vemos o FII negociando a 6% de prêmio sobre seu valor patrimonial”, afirma Manda.
A inclusão do Valora RE III ocorre pelos “atrativos spreads do seu portfólio suportando uma boa rentabilidade para o FII nos preços atuais”, além do “leve prêmio de 5% sobre o seu valor patrimonial”.
Por fim, além das substituições, a XP Investimentos redistribuiu os pesos dos FIIs de “Lajes Corporativas”, reduzindo o peso do The One (ONEF11) e elevando a parcela de Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e Pátria Edifícios Corporativos (PATC11). Ambos os ativos contam com participação de 12,5%.
Confira abaixo carteira recomendada de dezembro:
Código | Nome | Segmento | Peso | Cota em 02/12/2019 (R$) | Yield estimado 12 meses |
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RBRF11 | RBR Alpha Fundo de Fundos | Fundo de Fundos | 5% | 113,30 | 9% |
VGIR11 | Valora RE III | Recebíveis | 10% | 105,00 | 9% |
CPTS11B | Capitania Securities | Recebíveis | 10% | 108,90 | 9,30% |
SDIL11 | SDI Logística Rio | Logística | 12,5% | 112,50 | 6,50% |
XPIN11 | XP Industrial | Logística | 12,5% | 134,50 | 6,50% |
XPML11 | XP Malls | Shoppings | 10% | 122,81 | 5,90% |
VISC11 | Vinci Shopping Centers | Shoppings | 10% | 135,89 | 5,70% |
PATC11 | Pátria Edifícios Corporativos | Lajes Corporativas | 12,5% | 113,99 | – |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | 12,5% | 202 | 3,50% |
ONEF11 | The One | Lajes Corporativas | 5% | 169,8 | 4,70% |