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5 ações para aproveitar a recuperação do mercado imobiliário

18 nov 2019, 16:55 - atualizado em 18 nov 2019, 16:55
Apartamento da Trisul
Confortável: Trisul é uma das empresas com mais condições de aproveitar o crescimento do mercado imobiliário (Imagem: Divulgação/Trisul/Facebook)

A construção civil, um dos setores que mais apanharam com a crise econômica, finalmente dá sinais de recuperação. A Bradesco Corretora cita, entre outros indícios, a aceleração dos lançamentos residenciais e o aumento do nível de confiança dos empresários do setor – que atingiu os patamares mais altos desde 2014.

Após a demanda ser sustentada, sobretudo, pelos imóveis de baixa renda, a aceleração chega agora aos de classe média. A ampliação do mercado beneficiária não apenas incorporadoras e construtoras, mas também empresas que gravitam ao seu redor, como fornecedoras de materiais de construção.

A Bradesco Corretora estima que os lançamentos de imóveis residenciais devam crescer 65% entre 2018 e 2023. Com isso, o consumo de materiais de construção aumentará entre 30% e 35%, e a demanda por aço subirá 30% no mesmo período.

A corretora avalia que cinco empresas contam com as melhores condições para surfar na retomada do mercado imobiliários nos próximos anos. Entre as incorporadoras, os destaques são Trisul  (TRIS3) Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3).

A instituição espera que os lançamentos, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, fiquem estáveis em 2019, na comparação com o ano passado, e cresçam 3% no próximo.

Foco na classe média

Já os imóveis para as classes média e alta devem saltar 76% neste ano, na comparação com 2018, e mais 18% em 2020.

“Além disso, observamos que os lançamentos estão vendendo mais rápido que os estoques, pois os compradores de imóveis não precisam se comprometer integralmente na compra de empreendimentos em fase de pré-lançamento, uma vez que os mesmos devem ser entregues em cerca de 3 anos”, acrescenta a corretora.

Usina de aço da Gerdau
“Tamo junto”: materiais de construção, como o aço, vai pegar carona na expansão do mercado imobiliário (Imagem: Divulgação/Gerdau/Instagram)

No setor de materiais de construção, as duas escolhas são Gerdau (GGBR4) e Duratex (DTEX3). A siderúrgica gaúcha deve ser ajudada por diversos fatores, segundo a Bradesco Corretora: o aumento do lançamento de imóveis de classe média e alta, que consomem mais aço que os imóveis populares; e o preço médio ao redor de R$ 2.500 por tonelada de aço, mais um crescimento em volume de 600 mil toneladas até 2023.

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo Último preço Potencial de valorização
Trisul TRIS3 Compra 16 13,39 19,50%
Tenda TEND3 Compra 30 25,65 16,95%
Direcional DIRR3 Compra 14 12,08 15,90%
Gerdau GGBR4 Compra 18 15,56 15,68%
Duratex DTEX3 Compra 16 13,11 22,04%

Com tudo isso, os analistas estimam que a demanda por aços longos (como vergalhões e vigas) crescerá entre 8% e 9% neste ano, e 28% até 2023.

No caso da Duratex, as ações devem ser impulsionadas pelo maior consumo de louças e metais sanitárias, chuveiros e revestimentos cerâmicos. A Duratex é dona da Deca, uma das principais marcas de louças e metais do país.

Cerca de 20% das vendas da Deca são realizadas diretamente para as construtoras, e a Bradesco estima que a demanda por seus produtos crescerá 34% até 2023. Além disso, a Deca responde por 20% a 30% da geração de caixa da Duratex, medida pelo ebitda.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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