Zema propõe fim da obrigatoriedade de referendo para privatizar a Cemig
Para viabilizar a privatização das estatais mineiras, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) deve apresentar Assembleia Legislativa uma proposta de emenda à Constituição estadual para retirar a necessidade de referendo para a privatização da Cemig (CMIG4). A informação foi dada pelo próprio governador após encontro com o presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV).
Com isso, as ações da Cemig operam com ganhos de 1,18% a R$ 14,56 e as da Copasa (CSMG3) de 0,38% a R$ 65,83
O texto só deve ser apreciado a partir de agosto, uma vez que o recesso parlamentar terá início no próximo dia 18. No entanto, o governo tem pressa e quer que seja antes do envio do projeto para aderir ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que suspende a dívida do estado com a União – o que já ocorre por decisão judicial.
O Refis tem como uma das obrigações a desestatização de empresas, além do congelamento de salários dos servidores públicos.
A Mirae Asset avalia a notícia como positiva para a Cemig e para a Copasa, que devem continuar reagindo positivamente a essa possibilidade de privatização. A corretora destaca que a elétrica atualmente tem um upside de apenas 2,3%, mas saneada para a privatização, poderá valer muito mais, algo como R$ 17,00 por ação, o que representa upside de 18%. Já a Copasa não apresenta upside no momento, mas também deverá valer mais nessa hipótese. A recomendação é de Compra para a CMIG4 e neutra para a CSMG3