Zema, do Novo, muda discurso sobre privatização em Minas Gerais
Por Investing.com – As declarações do candidato ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de que pode não privatizar as estatais mineiras frustra os investidores nesta quarta-feira. Com isso, as ações da Copasa (CSMG3), após caírem forte ao longo do dia, encerraram estáveis, a R$ 52,25 e as da Cemig (CMIG4) finalizaram com baixa de 0,84%, a R$ 10,60.
O principal problema é que Zema mudou o discurso de sua campanha, indo inclusive em sentido oposto ao seu plano de governo registrado no Tribunal Regional Eleitoral mineiro. Ao falar sobre o assunto, o candidato declarou que a situação do estado é muito grave e que, mesmo vendendo todas as estatais, apenas iria tampar o sol com a peneira.
Agora, o representante do Novo explica que a ideia inicial é profissionalizar as empresas, reduzir secretarias e cortar cargos comissionados para tentar reduzir o déficit previsto de R$ 11,4 bilhões para o ano que vem.
“O estado hoje está torrando uma Cemig a cada dois, três meses. O que vai resolver vender essas empresas? Nós vamos é reestruturar o estado, refinanciar a dívida com a União, porque isso é que vai resolver. Privatizar empresa nessa altura do campeonato, pouco resolve”, disse o candidato, em reportagem publicada pelo jornal O Estado de Minas.
Zema explica que a prioridade é corrigir o que é urgente, deixando o que não é prioritário para outro momento.
O candidato do Novo encerrou o primeiro turno da eleição para o governo mineiro em primeiro lugar, com 42,73%, resultado que foi surpreendente pois ele estava na terceira colocação até um dia antes do pleito. Na segunda colocação ficou Antonio Anastasia (PSDB), com 29,06% dos votos.
(Atualizada às 18h23 para os preços de fechamento)