Invasão da Ucrânia

Zelenskiy pedirá armas de defesa aérea ao G7 após ataques russos

11 out 2022, 9:02 - atualizado em 11 out 2022, 9:03
Volodymyr Zelensky
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes do Grupo dos Sete se reunirão virtualmente mais tarde nesta terça-feira para discutir o que mais podem fazer para apoiar a Ucrânia e ouvir Zelenskiy (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pedirá aos líderes do G7 nesta terça-feira que forneçam urgentemente à Ucrânia armas de defesa aérea, depois que a Rússia lançou mísseis de cruzeiro na mais recente escalada de sua invasão.

Novos ataques com mísseis mataram pelo menos uma pessoa na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste, e deixaram parte da cidade ocidental de Lviv sem energia, disseram autoridades, depois que a Ucrânia acordou com o som de sirenes de ataque aéreo pelo segundo dia.

Outras partes do país permaneciam apagadas após os ataques com mísseis de cruzeiro na segunda-feira, os quais autoridades disseram ter matado 19 pessoas nos maiores ataques aéreos desde o início da guerra.

O presidente russo, Vladimir Putin, sob pressão doméstica para intensificar o conflito, já que suas forças perderam terreno desde o início de setembro, disse que ordenou os ataques como vingança por uma explosão que danificou a ponte da Rússia para a Crimeia anexada.

Kiev e seus aliados condenaram os ataques da Rússia, que atingiram principalmente infraestrutura civil, como usinas de energia. Os mísseis também caíram em parques, locais turísticos e ruas movimentadas na hora do rush.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes do Grupo dos Sete se reunirão virtualmente mais tarde nesta terça-feira para discutir o que mais podem fazer para apoiar a Ucrânia e ouvir Zelenskiy, que chamou os sistemas de defesa aérea de sua “prioridade número 1”. Biden já prometeu mais defesas aéreas.

As largas avenidas da capital Kiev ficaram em grande parte desertas depois que sirenes de ataque aéreo ressoaram no início da hora do rush matinal – a mesma hora em que os mísseis russos caíram no dia anterior. Os moradores se esconderam novamente nas profundezas do metrô, onde os trens ainda circulavam.

Viktoriya Moshkivski, de 35 anos, seu marido e os dois filhos estavam entre as centenas de pessoas que esperavam a liberação na estação Zolotye Vorota, uma das mais profundas, perto do parque no centro da cidade, onde um míssil rasgou uma cratera ao lado de um playground na segunda-feira.

“Nós moramos do outro lado da rua, e eles ficaram assustados com a sirene. Então, nós os trouxemos para cá”, disse Moshkiviski junto com os filhos, Timur, de 5 anos, e Rinat, de 3.

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Mais ataques

A Rússia disse que continuou a lançar ataques aéreos de longo alcance contra a energia e a infraestrutura militar da Ucrânia nesta terça-feira, embora os ataques não pareçam tão intensos quanto no dia anterior.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que os principais alvos são as instalações de energia.

“Eles atingiram muitas ontem e atingem as mesmas e novas hoje. São crimes de guerra planejados com bastante antecedência e destinados a criar condições insuportáveis para os civis – a estratégia deliberada da Rússia há meses”, escreveu ele no Twitter.

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