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YouTube tira do ar canal do Parlamento russo e gera ira em autoridades

09 abr 2022, 15:12 - atualizado em 09 abr 2022, 15:12
Canal da Duma, Parlamento da Rússia, no YouTube
Violação: para Google, dono do YouTube, canal da Duma viola “termos de serviços” da plataforma de streaming (Imagem: YouTube/ Reprodução)

O YouTube bloqueou a Duma TV, da Câmara dos Deputados da Rússia, provocando uma resposta contundente de autoridades que disseram que o serviço de streaming mais popular do mundo enfrentará consequências no país.

No sábado (9), uma mensagem no YouTube dizia que o canal da Duma havia sido “encerrado por violação dos Termos de Serviço do YouTube”.

O YouTube está sob pressão do regulador russo das Comunicações Roskomnadzor e as autoridades da Rússia foram rápidas em responder ao bloqueio.

“Pelo que parece, o YouTube se condenou. Salvem o conteúdo, transfiram para plataformas russas. E apressem-se”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, no serviço de mensagens Telegram.

A agência de Comunicações da Rússia emitiu ordem para que o Google restabeleça acesso ao canal da Duma imediatamente.

“A empresa norte-americana de TI adere a uma posição anti-russa pronunciada na guerra de informação desencadeada pelo Ocidente contra nosso país”, disse a Roskomnadzor.

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Rússia acusa EUA de manipularem informações

O Google disse à Reuters em um comentário por e-mail que está comprometido com o cumprimento de todas as sanções aplicáveis ​​e leis de conformidade comercial.

“Se descobrirmos que uma conta viola nossos Termos de Serviço, tomamos as medidas apropriadas. Nossas equipes estão monitorando de perto a situação em busca de atualizações e alterações.”

Vyacheslav Volodin, porta-voz da Duma, disse que a ação do YouTube é mais uma prova de violações de direitos e liberdade por parte de Washington.

“Os EUA querem obter o monopólio da promoção da informação. Não podemos deixar isso acontecer”, disse Volodin no Telegram.

A Rússia já restringiu o acesso ao Twitter, Facebook e Instagram desde o envio de milhares de tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro.