Yellen pede mais ajuda econômica à Ucrânia antes de encontro de chefes financeiros do G20
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, intensificou nesta quinta-feira os pedidos pelo aumento do apoio financeiro à Ucrânia para ajudar o país a combater a invasão russa, iniciada há um ano, enquanto os EUA preparam 10 bilhões de dólares adicionais em assistência econômica.
Yellen, falando em uma entrevista coletiva na Índia na véspera do primeiro aniversário da invasão russa, disse que é crítico que o Fundo Monetário Internacional “aja rapidamente” em direção a um programa de empréstimos totalmente financiado para a Ucrânia.
“Como disse o presidente Biden, ficaremos com a Ucrânia em sua luta –pelo tempo que for necessário”, disse ela.
“Apoio contínuo e robusto à Ucrânia será um dos principais tópicos de discussão durante meu tempo aqui na Índia.”
Yellen deve se juntar a outros ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20 na sexta-feira para uma reunião em um resort perto do centro tecnológico de Bengaluru.
É a primeira grande reunião em meio a presidência de um ano da Índia no bloco, que inclui países do G7, além de Rússia, China, Brasil e Arábia Saudita.
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A Ucrânia está buscando um programa plurianual de 15 bilhões de dólares do FMI, disse o primeiro-ministro Denys Shmyhal na segunda-feira, depois de se encontrar com a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, em Kiev.
Yellen disse que a ajuda militar, econômica e humanitária anterior dos EUA, totalizando 46 bilhões de dólares, permitiu à Ucrânia preservar a estabilidade econômica e financeira sob “circunstâncias extraordinárias”.
“Nossa assistência econômica está tornando possível a resistência da Ucrânia ao apoiar a frente doméstica: financiando serviços públicos críticos e ajudando a manter o governo funcionando. Nos próximos meses, esperamos fornecer cerca de 10 bilhões de dólares em apoio econômico adicional para a Ucrânia.”
A Índia, que tem mantido uma posição neutra em relação à guerra, não quer que sanções adicionais contra a Rússia sejam discutidas nas reuniões do G20, disseram fontes do governo à Reuters.
A Índia também está pressionando os participantes a evitar o uso da palavra “guerra” na linguagem do comunicado para descrever o conflito, disseram autoridades do G20.
Mas Yellen disse que a linguagem ainda está sob discussão e que gostaria de ver uma “forte condenação” da invasão russa e o impacto que causou à Ucrânia e à economia global.