Destaques da Bolsa

Yduqs (YDUQ3) não passa ‘no teste’ do segundo trimestre e ações caem mais de 7%; o que desagradou o mercado?

09 ago 2024, 13:01 - atualizado em 09 ago 2024, 13:01
yduqs
(Imagem: Getty Images Pro)

Com uma dezena de balanços do segundo trimestre divulgados nas últimas de 24 horas, Yduqs (YDUQ3) é um dos grandes destaques nesta sexta-feira (9). 

As ações da companhia de educação operam entre as maiores quedas do mercado brasileiro e lidera a ponta negativa do principal índice da bolsa, o Ibovespa (IBOV), desde o início do pregão. 

Por volta de 11h (horário de Brasília), os papéis YDUQ3 registravam recuo de 7,66%, a R$ 9,88, na mínima intradia. Acompanhe o Tempo Real



Na véspera (8), a empresa reportou lucro líquido de 24,8 milhões no segundo trimestre, uma queda de 22,5% em relação ao mesmo período do ano anterior

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 413,8 milhões no período, praticamente estável na base anual.  No critério ajustado, o Ebitda cresceu 1,6%, para R$ 424,7 milhões. 

A base total de alunos da companhia subiu 2,9%, para 1,43 milhão, com alta nos três segmentos: presencial (+2%), ensino digital (+2,9%) e premium — que inclui os estudantes de medicina e do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) (19,2%).

Outros números de Yduqs

A receita líquida da Yduqs atingiu R$ 1,31 bilhão, também estável em relação ao ano anterior — devido ao fraco desempenho dos segmentos presencial e ensino à distância (EAD), apesar do forte desempenho da divisão premium, especialmente do Ibmec. 

O resultado financeiro seguiu negativo no trimestre, em R$ 183,9 milhões, superior ao valor visto no ano passado, negativo em R$ 175,9 milhões.

Já a dívida líquida (ex-IFRS 16) encerrou o período com cifra de R$ 2,959 bilhões, aumento de 9,5% em relação à dívida de R$ 2,701 bilhões do segundo trimestre de 2023. A alavancagem financeira encerrou o trimestre em 1,69 vez.

A Yduqs afirma que, apesar de um ambiente externo pressionado por variáveis macroeconômicas, o segundo trimestre de 2024 reafirmou a capacidade de entregar o que foi planejado e anunciado para o período.

“Com uma importante proteção vindo do portfólio, eficiência e qualidade crescentes e uma situação financeira muito sólida, seguimos em boa posição para atingir nosso guidance para o ano, o que passará pela construção de um segundo semestre de lucro líquido expressivo”, afirma a companhia.

O que desagradou os investidores? 

Não foi só a queda no lucro que pesa sobre as ações. 

Para a XP, os resultados foram ligeiramente negativos no segundo trimestre, principalmente, devido à fraca conversão de caixa operacional — que caiu cerca de 32 p.p na comparação anual com o pagamento de remuneração variável que havia sido provisionada em 2023.

Na avaliação do Safra, a receita foi mais fraca do que o esperado devido ao crescimento mais lento do ensino à distância, além de outros ‘ventos contrários’. 

“O ticket médio em presencial (OC) e EAD está sofrendo ventos contrários que devem persistir pelo menos no segundo semestre deste ano, o que pode representar um desafio para a Yduqs cumprir integralmente sua orientação no curto prazo”, afirma o analista Ricardo Boiati. 

É hora de comprar Yduqs? 

Mesmo com o resultado considerado fraco, a XP afirma que, se a empresa entregar o ponto médio de seu guidance de resultados para o próximo ano, o valuation parece atraente. 

Isso porque, segundo os analistas, a companhia está sendo negociada a 4,3x o múltiplo preço/lucro para o final de  2025. 

Na mesma linha, o Safra reiterou a recomendação de compra para as ações YDUQ3. O analista do banco afirma que os papéis continuam atrativos considerando o histórico de execução e geração de caixa e o bom equilíbrio entre potencial de crescimento e qualidade percebida.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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