Yduqs tem prejuízo de R$ 102 milhões no quarto trimestre
A Yduqs (YDUQ3) encerrou o quarto trimestre de 2020 com prejuízo de R$ 102 milhões ante lucro de R$ 58 milhões do mesmo período de 2019, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (17).
No ano, a empresa lucrou R$ 98 milhões, queda de 84% ante 2019.
Por outro lado, a receita líquida subiu 14,4% no trimestre, para R$ 963 milhões. Em 2020, houve uma alta de 8,1% no indicador, totalizando R$ 3,8 bilhões.
“Ao longo do ano de 2020, a receita líquida foi impactada por uma série de leis e decisões na justiça que implicaram em concessão linear de descontos pelas instituições de ensino superior, afetando assim as operações presenciais em diversos Estados da Federação”, afirmou.
As aquisições, os cursos de medicina e o ensino digital continuam sendo as alavancas do forte crescimento da receita líquida, destaca a empresa.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, somou R$ 114 milhões, queda de 50%. A margem Ebitda caiu 15,7 pontos percentuais, indo a 11,9%.
O ensino digital, que ganhou força com a pandemia, subiu 63,9% no trimestre, para 427 mil alunos.
“Esse aumento é consequência das aquisições recentes, e principalmente do forte ritmo de expansão e maturação dos polos, que cresceram 62%”, explicou.
O segmento presencial também teve expansão, somando 335 mil alunos, alta de 8,5%.
Porém, excluindo o efeito das aquisições, a base de alunos de graduação teria reduzido em 7,4%, em função da queda da base de alunos Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).
“Importante destacar que a base de alunos Fies segue em queda, reduzindo em 22%”, destacou.
O capex da Yduqs somou 194 milhões de reais no trimestre, alta de 44% sobre um ano antes, refletindo maiores investimentos em transformação digital e tecnologia da informação.
A posição de caixa da companhia fechou 2020 em 1,63 bilhão de reais, um aumento de 168,1% em 12 meses, consequência das emissões de dívida para financiarem recentes aquisições.
O ticket médio por aluno no presencial caiu 4% no segundo semestre, para R$ 716. No caso do EAD (Ensino à Distância), a queda foi de 7,4% no mesmo período.