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XP (XPBR31): 4T21 vem acima do esperado, mas não é momento para comprar ações, avalia UBS; entenda

09 fev 2022, 10:17 - atualizado em 09 fev 2022, 10:20
Mercados XP Investimentos Corretoras
Pressões sobre os papéis no curto prazo evitam que analistas elevem a recomendação neutra (Imagem: LinkedIn/XP Investimentos)

A XP Inc. (XPBR31) entregou resultados bem acima do esperado pelo mercado, com o lucro líquido superando em mais de 10% as expectativas.

Segundo o UBS BB, o take rate resiliente, somado à manutenção da tendência positiva em ativos sob custódia e receitas no varejo sólidas, suportaram os resultados.

No entanto, pressões sobre os papéis no curto prazo evitam que analistas elevem a recomendação neutra.

O UBS acredita que os resultados serão ofuscados pelo desempenho ruim das ações da companhia, que acumulam uma queda de 34% nos últimos 12 meses.

“É bem provável que a possibilidade de venda das ações por Itaú (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) pressione o preço da ação”, comenta o banco, em relatório divulgado nesta terça-feira (8).

Além disso, o UBS vê a XP negociada a 28 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022, o que representa um prêmio considerável em relação aos pares – o BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, é negociado a 13 vezes P/L para este ano, destacam os analistas.

O preço-alvo da ação da XP sugerido pelo UBS é de US$ 37.

Trimestre recorde

A XP registrou lucro líquido ajustado de R$ 4 bilhões em 2021, registrando o melhor resultado da sua história.

O montante representa um crescimento de 76% em relação a 2020 e é quatro vezes maior que o lucro reportado em 2019, quando a empresa realizou sua listagem nos Estados Unidos.

No quarto trimestre, a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 1 bilhão, alta de 51% em relação ao mesmo período de 2020 e de 5% comparado ao trimestre anterior.

A receita líquida totalizou R$ 12 bilhões no acumulado do ano, avançando 48% no comparativo anual. Do total, R$ 3,2 bilhões correspondem aos últimos três meses.

O destaque ficou para a receita bruta de varejo, que cresceu 48% no trimestre, a R$ 2,7 bilhões, impulsionada pela expansão de produtos de renda fixa e receitas de floating, relacionadas ao aumento das taxas de juros.

Outro destaque positivo foram as despesas administrativas gerais, que subiram 32% no comparativo anual, mas caíram 12% trimestre a trimestre. O resultado é explicado pelo efeito positivo dos incentivos recebidos de terceiros.

A XP registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre, alta de 56% na comparação ano a ano.

A base de clientes ativos cresceu 23%, totalizando 3,4 milhões.

A XP terminou o trimestre com uma carteira de crédito de R$ 10,2 bilhões, o que corresponde a um salto de 164% no comparativo anual.

Logo após a divulgação dos resultados, as ações da XP, negociadas na Nasdaq, dispararam no after market, chegando a uma valorização de mais de 8%.

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