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XP (XPBR31): 3 pontos de atenção que tornam a ação menos atrativa, segundo BTG

15 jul 2022, 14:14 - atualizado em 15 jul 2022, 14:14
O papel da XP (XP) sobe nesta sexta-feira (15) após a empresa divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O papel da XP (XP) sobe nesta sexta-feira (15) após a empresa divulgar sua prévia operacional do segundo trimestre. Nesta manha, a companhia reportou alta de 4% em ativos sob custódia.

A captação líquida total ficou em R$ 43 bilhões nos três meses encerrados em junho, queda ante os 75 bilhões de um ano antes e dos 46 bilhões do primeiro trimestre de 2022.

Por volta das 13h35, as ações tinham alta de 3,91%, a US$ 17,68.

Segundo o BTG Pactual, algumas linhas superaram as estimativas, como a captação líquida, considerado o principal fator positivo dos números divulgados. Os analistas afirmam ainda que a corretora está aumentando o seus clientes.

Além disso, novas iniciativas (TPV cartão de crédito e carteira de crédito) expandiram no trimestre, mas menos do que o estimando.

Mesmo assim, o BTG mantém a cautela com o papel da XP. Eles elencam três pontos de atenção:

  1. o debate sobre a mudança de empresas de crescimento para valor;
  2. o fato da empresa ser mais intensivo em capital;
  3. e a a saliência, que pode significar estoque constante em pressão

Diante dos dados já anunciados, os analistas do BTG esperam que a XP divulgue um segundo trimestre melhor em comparação ao primeiro, enquanto projeta uma atividade “decente” nos mercados de capitais entre julho e setembro, especialmente no segmento de renda fixa.

“Gostamos do preço das ações nesses níveis, mas o crescimento realmente desacelerou, indicando que o XP já está atingindo níveis mais “maduros”, coloca.

A recomendação do BTG é neutra com preço-alvo de US$ 26.

XP: o pior já passou?

A reação positiva do mercado vem apesar de a XP ter fechado o trimestre com um total de 846 bilhões de reais em ativos sob custódia, 4% acima de um ano antes, mas 8% abaixo das estimativas de analistas do JPMorgan.

O número reflete uma captação líquida de 174 bilhões de reais e uma desvalorização de mercado de 146 bilhões de reais.

“Apesar dos ativos sob custódia virem abaixo do que esperávamos, vemos a maior parte do impacto já antecipado pelo mercado dada a liquidação no mercado de ações”, escreveram os analistas do JPMorgan liderados por Domingos Falavina, em relatório. Eles observam que a XP tem cerca de um terço dos ativos em renda variável.

Os resultados financeiros completos da XP referentes ao segundo trimestre devem ser divulgados em 9 de agosto.

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Com Reuters

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