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XP vê Suzano (SUZB3) valorizando quase 50% após novo aumento de preços da celulose; empresa deve reportar resultados sólidos

24 jan 2025, 12:40 - atualizado em 24 jan 2025, 18:42
suzano-suzb3
(Foto: Divulgação)

A XP Investimentos divulgou nesta semana dois relatórios sobre o mercado de papel e celulose. Além de publicar a prévia dos resultados das principais empresas do setor no quarto trimestre de 2024 (4T24), a corretora destacou a Suzano (SUZB3), que promoveu novo aumento nos preços da celulose recentemente.

Os analistas veem a empresa como uma boa oportunidade, operando abaixo do seu valor real de mercado. “A Suzano está sendo negociada a um Ev/Ebitda (valor da empresa dividido pelo Ebitda) de 5,6x em 2025, com desconto de 17% em relação à média histórica de 6,8x e com um prêmio de 3% em relação aos pares de celulose de mercado”, dizem.

Sendo assim, a XP recomenda a compra das ações, com preço-alvo definido em R$ 92, o que representa um potencial de valorização de 46,5% em relação ao último fechamento.

Para a corretora, a elevação de preço da celulose de fibra curta (BHKP) em US$ 20 por tonelada (t) na Ásia e de US$ 60/t na Europa e América do Norte pode refletir um cenário de oferta apertada no primeiro trimestre de 2025 (1T25).

De acordo com os analistas, as frequentes paradas para manutenção na América Latina (incluindo na Suzano); o congestionamento nos portos; a Bracell aumentando a produção de celulose dissolvida de madeira (DWP) e reduzindo o volume de celulose de mercado; e reduções no volume de papel e celulose da empresa chinesa Chenming, tornaram o ambiente mais favorável para aumentos de preços.

Nesta sexta-feira, as ações SUZB3 fecharam com leve alta de 0,02%, a R$ 62,76.

O que a Suzano (SUZB3) deve apresentar no 4T24?

Segundo as projeções da XP, a Suzano (SUZB3) deve reportar resultados sólidos no 4T24, com crescimento de 46% no Ebitda e 28% na receita líquida em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Os volumes devem crescer com a consolidação da produção de celulose da nova fábrica da empresa em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul (MS), anteriormente chamada de Projeto Cerrado. Os baixos preços de venda da celulose (que registraram queda de 12% no trimestre) devem ser compensados pela depreciação do real em relação ao dólar.

Em entrevista ao Money Times no mês de agosto, a diretora de relações com investidores da Suzano, Camila Nogueira, destacou que um câmbio alto é sempre mais favorável para Suzano. “A cada 10 centavos de variação do câmbio, isso representa em torno de R$ 500 milhões em 12 meses na geração de caixa, no Ebitda”, afirmou a diretora.

A Suzano divulga seus resultados no 4T24 no dia 14 de fevereiro, após o fechamento do mercado.

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gustavo.silva@moneytimes.com.br
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