XP vê otimismo com 2 ações que já avançaram 44% e 16% em 2024
A XP Investimentos realizou sua CEO Conference na última semana, que contou com empresas listadas na B3. Apesar de ver poucas oportunidades dentro do universo agro, os analistas chamam atenção para ações da JBS (JBSS3), Boa Safra (SOJA3), 3tentos (TTEN3) e BRF (BRFS3).
Ainda assim, os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak destacam o curto prazo favorecendo TTEN3 frente SOJA3, assim como JBSS3, que contou com seus executivos no evento, ante BRFS3. Em 2024, as ações da JBS e 3tentos já avançaram 44,5% e 16,32% (até 10h54 de 21 de agosto). A XP recomenda compra e preço-alvo de R$ 47,90 (potencial de alta de 31,34%) para JBS. Para 3tentos, a recomendação também é de compra e preço-alvo de R$ 14,10 (potencial de 12,71%).
Durante a Conferência, a administração da JBS, que reportou um 2T24 excepcional, discutiu como cada unidade de negócio deve se comportar no 2S24 e as perspectivas para 2025.
Com os preços dos grãos em uma forte tendência de baixa e uma oferta e demanda favoráveis para as principais proteínas (carne bovina, suína, aves e salmão), a XP acredita que este ainda não é o ponto mais alto do ciclo, apesar dos desafios macroeconômicos.
Já a 3tentos viu números mistos, com o segmento da Indústria melhorando suas margens devido aos preços mais baixos dos grãos e à maior produção de biodiesel (B14), enquanto a unidade de Insumos Agrícolas continua enfrentando desafios, uma vez que a estratégia de farmer selling de grãos continua irregular e, consequentemente, as compras de insumos estão atrasadas
“A administração da 3Tentos discutiu as recentes melhorias no farmer selling, as perspectivas para os preços dos insumos e o quão resilientes devem ser as margens atuais de esmagamento e biodiesel, mas a maioria dos investidores conseguiu extrair mais detalhes sobre o processo de expansão no Mato Grosso, desde a parte logística até os resultados do etanol de milho”, apontam.
Os efeitos do câmbio nas ações do agro
Os analistas e investidores também discutiram os efeitos do câmbio mais forte, que surge como uma oportunidade dentro do agro, sendo positiva para empresas como JBS (JBSS3), Minerva Foods (BEEF3) e Camil (CAML3), apesar dos efeitos negativos para M. Dias Branco (MDIA3).
“Com a taxa de câmbio como uma oportunidade nesse setor, as discussões se voltaram para a dinâmica da oferta e da demanda, o risco climático, as previsões de safra para este ano e para o próximo, e se as eleições nos EUA poderiam se tornar um novo fator precificação. No entanto, as margens estão fluindo pela cadeia, dos produtores aos processadores”.