XP traça raio-x dos fundos imobiliários no Brasil e lista perspectivas: confira vídeo
Diante da alta popularidade dos fundos imobiliários, a XP Investimentos realizou nesta segunda-feira (27) conferência com o analista Renan Manda, delineando perspectivas para o mercado.
Inicialmente, Manda avalia a migração da renda fixa para a renda variável através dos fundos imobiliários, pelo perfil mais conservador deste tipo de investimento.
“Apesar de não ser renda fixa, o fundo imobiliário tem um perfil híbrido”, aponta Manda, ao caracterizar a modalidade como uma ponte entre renda fixa e variável.
Realização
Mais adiante, o analista pondera que, diante da valorização acima de 30% do Ifix (principal índice do setor) em 2019, a realização de lucros no início do ano parece normal.
“O movimento é saudável para manter a racionalidade dos preços”, aponta Manda, destacando que os fundamentos macroeconômicos e microeconômicos permanecem os mesmos.
Neste sentido, a XP Investimentos afirma que a tendência de juro ínfimo, inflação sob controle e a retomada econômica mantêm-se em voga.
Lajes corporativas em foco
Manda projeta manutenção da retomada no setor de lajes corporativas em São Paulo e com um pouco de lentidão no curto prazo no mercado do Rio de Janeiro, pelo desempenho negativo dos setores petrolífero e público, duas forças-matrizes da economia carioca.
Contudo, “o mercado do Rio de Janeiro não é ruim, está ruim”, aponta Manda, projetando um ou dois anos para a recuperação completa do mercado imobiliário.
Em termos operacionais, Manda acredita que o segmento paulista de lajes corporativas deverá ser protagonista, com redução das taxas de vacância.
“Não deve ser os 36% de 2019, mas algo próximo a 10% e 15% deve acontecer”, projeta Manda.
Em contrapartida, o analista acredita que parte da recuperação já está precificada no mercado no momento atual.
Shoppings e logística
Em relação aos setores de shopping centers e de centros logísticos, Manda destaca a resiliência de ambos em momentos de maior fragilidade econômica.
“Os retornos de shoppings e logística estão um pouco melhores”, afirma o analista, ao ressaltar a melhor relação entre risco e retorno destes dois setores.
Papel e avaliação do mercado
A XP Investimentos destaca os dois tipos de fundos de “papel”: os que investem somente em ativos financeiros do mercado imobiliário, como CRIs e LCIs; e os que compram também parte de outros fundos imobiliários.
“Prêmios acima de 5% e 10% já começam a ficar um pouco mais salgados”, avalia o analista, ao destacar a natureza destes fundos imobiliários.
Como não investem em imóveis físicos, os fundos imobiliários de “papel” possuem avaliação justa mais clara, ou seja, a soma das dívidas e dos outros ativos no mercado deve ser igual ao patrimônio líquido do fundo.
Veja o vídeo na íntegra: