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XP: resultados vêm acima do esperado e ações saltam 5%

04 ago 2021, 12:44 - atualizado em 04 ago 2021, 21:46
XP Inc
De acordo com o Bank of America, os números vieram acima da expectativa, com o lucro de R$ 1 bilhão superando as projeções em 22%. (Imagem: Nasdaq)

Os resultados da XP Inc (XP) do segundo trimestre agradaram analistas e a animaram os mercados.

Por volta das 12h41, os papéis da corretora negociados na Nasdaq subiam 5,11%, a R$ 44,46.

De acordo com o Bank of America, os números vieram acima da expectativa, com o lucro de R$ 1 bilhão superando as projeções em 22%.

Já a receita disparou 57% no ano, enquanto a margem líquida expandiu para 34,2% ante 29,4% no segundo trimestre de 2020 (bem acima da estimativa de 25,3%), refletindo:

  • ganhos de eficiência, com o investimentos contínuos em novas verticais e implantação de novos produtos, apesar de um aumento significativo no quadro de funcionários;
  • expansão da margem bruta de 60 pontos-base em relação ao ano anterior, puxado pelas mudanças de mix de canais;

A carteira de crédito da XP chegou a 6,8 bilhões no fim do trimestre, alta de 43% sobre março.

A companhia ainda foi favorecida por ter pago menos impostos no trimestre, na comparação ano a ano. Segundo o diretor financeiro da XP, Bruno Constantino, a dinâmica de impostos nos próximos trimestres vai depender do mix das receitas.

“No segundo semestre seguiremos focados na entrega de uma conta digital integrada, tornando a experiência de nossos clientes ainda mais completa”, afirmou em nota Thiago Maffra, presidente-executivo da XP.

Segundo Constantino, a XP prevê ampliar sua participação no bolo de receitas do sistema financeiro brasileiro com tarifas e serviços, que ele estima em cerca de 800 bilhões de reais, à medida que a companhia deslancha as vendas de produtos como cartões de crédito, seguros e previdência.

“Os resultados refletem uma execução excepcional, mas mantemos nosso neutro nas preocupações pendentes na alienação de ações do Itaú”, completa o banco.

Já o BTG destacou o Ebit (lucro antes dos impostos, o contábil, que não exclui compensação de ações), que foi 26% mais fortes do que as expectativas (alta de 28% no trimestre e 65% no ano).

O segmento de varejo também brilhou segundo o banco, representando 77% da receita total e 84% do crescimento da receita no trimestre.

“Acreditamos que o segundo trimestre foi realmente muito forte e esperamos uma reação positiva hoje. Temos um viés positivo sobre a ação”, diz.