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XP: questão ambiental ganhará cada vez mais relevância nos preços das ações de frigoríficos

24 set 2020, 18:15 - atualizado em 24 set 2020, 18:15
Agronegócio-Meio Ambiente
Para a XP Investimentos, os investidores acompanham de perto os planos e programas anunciados pelos frigoríficos brasileiros (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As empresas de proteínas, cada vez mais preocupadas com as possíveis consequências da pressão internacional por conta das queimadas e do desmatamento no Brasil, anunciaram nos últimos dias programas para diminuir o impacto ambiental nas suas produções.

Na terça-feira, a Marfrig (MRFG3) informou que irá ingressar na lista da Science Based Targets, iniciativa internacional que mobiliza empresas a se comprometerem com metas de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa.

Já na quarta-feira, foi a vez da JBS (JBSS3) anunciar o programa Juntos pela Amazônia, que prevê a criação de um fundo de R$ 1 bilhão para investimentos no desenvolvimento sustentável do bioma.

Para a XP Investimentos, os investidores acompanham de perto os planos e programas anunciados pelos frigoríficos brasileiros.

“Na nossa visão, as questões ambientais serão cada vez mais importantes na formação dos preços das ações dos frigoríficos adiante e vemos as iniciativas recém anunciadas, ainda que tardia na opinião de alguns investidores, como marcos importantes e positivos do setor pela preservação da Amazônia e demais biomas”, afirmou em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (24).

Segundo a corretora, hoje o rastreamento dos fornecedores diretos já é feito, mas a dificuldade mora justamente em garantir a origem dos fornecedores indiretos – eles são os grandes responsáveis, na pecuária, pelo aumento do desmate na Amazônia nos últimos anos.

Segundo dados do IBGE, os diferentes biomas terrestres do Brasil perderam, entre 2000 e 2018, cerca de 500.000 km², equivalente à extensão territorial da Espanha, de cobertura natural.  Amazônia e Cerrado foram os biomas que tiveram as maiores perdas.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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