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XP: Quais serão os destaques positivos e negativos da temporada de resultados

17 jul 2018, 12:36 - atualizado em 17 jul 2018, 12:49
Fonte: B3

Por Investing.com – A XP Investimentos divulgou na manhã desta terça-feira um relatório da prévia dos balanços da companhia para o segundo trimestre do ano, destacando que a greve dos caminhoneiros, no final de maio, deve poluir os resultados. Apesar disso, a corretora vê sinais da manutenção da retomada do crescimento.

O documento aponta que, no geral, haverá crescimento dos lucros das companhias listadas, apesar de em um ritmo mais fraco por conta da paralisação. Para os analistas, a tendência de recuperação deve ser mantida nos próximos trimestres, mas destacam que a sustentabilidade vai depender do resultado das eleições.

A crescente alta na cotação do dólar comercial é um ponto que dá suporte à empresas que estão diretamente ligadas às commodities, como as siderúrgicas, Vale, Suzano e JBS. Ao mesmo tempo, prejudica o desempenho das companhias aéreas.

Outro ponto que a XP chama a atenção é para os possíveis impactos da nova política do preço do diesel no balanço da Petrobras.

Para a corretora, devem se destacar no período:

AES Tietê (TIET11): Estimativa de EBITDA de R$272 milhões (+20,9% vs. 2T17), refletindo menores efeitos da baixa hidrologia por menor contratação das usinas.

B2W (BTOW3): Crescimento das vendas online esperado de 18%, levemente impactado pela greve dos caminhoneiros e menor consumo de caixa.

B3 (B3SA3) : Sólido crescimento de receita (+25,6% vs. 1T17) principalmente devido ao expressivo volume negociado de Derivativos (taxa de juros e câmbio) e Ações.

Gerdau (GGBR4): R$1,5bi EBITDA estimado (+2,2% vs 1T), sustentado pelos EUA. Segue rumo ao EBITDA de R$6,1bi para 2018, com risco de surpresa positiva

Lojas Americanas (LAME4): Expectativa de sólidos resultados, com vendas mesmas lojas de 8,3% no primeiro semestre e crescimento de lucro.

Destaques negativos

Petrobras (PETR4): Os analistas esperam resultado poluído pelas mudanças na política de preços do diesel após a greve dos caminhoneiros, refletindo o congelamento de preços por 15 dias e efeitos da política de subsídios a partir de 8 de junho.

Via Varejo (VVAR11): Aposta de resultado fraco em comparação com outras empresas do setor. Crescimento mesmas lojas de 8% e venda mesmas lojas de 5,5%.

Outros destaques relevantes

Ambev (ABEV3): Ganhos de volume com Copa do Mundo devem ser compensados parcialmente pelo impacto negativo da greve dos caminhoneiros.

BRF (BRFS3): Resultado fraco devido à sobreoferta de frango, restrições da Europa e impactos da greve. Porém, o foco deve ser na evolução do plano de reestruturação.

Itaú (ITUB4): Lucro Líquido esperado em R$6,8bn (+5,7% vs. 1T), ROE de 22,5% (vs. 20.9% 1T), sustentado pelo crescimento da carteira de Pessoas Físicas (+2,7%).

Localiza (RENT3): Expectativa de crescimento forte, mas parcialmente impactado pela greve, com EBITDA de R$ 354 mi, crescimento de ~20% na comparação anual.

Vale (VALE3): Esperado US$3,97bi de EBITDA, em-linha com o 1T e sustentado por prêmios de minério, mas abaixo do potencial por estocagem e impacto da greve no custo

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