XP reduz preço-alvo para Vittia (VITT3), mas vê protagonismo no setor de insumos biológicos no longo prazo; vale investir?
A XP Investimentos revisou suas estimativas para Vittia (VITT3), em função do difícil momento de curto prazo para produtos baseados em NPK. No entanto, a corretora segue confortável com as perspectivas positivas para produtos biológicos.
Dessa forma, mesmo com um aumento nas estimativas para o Ebitda nos próximos anos, a XP reduziu o preço-alvo da ação de R$ 18,90 para R$ 17,90, incorporando um cenário de custo de capital mais elevado. Ainda assim, a corretora manteve a sua recomendação de compra para ação, com potencial de alta de 61%.
Para a XP, a Vittia traz uma rara combinação de crescimento sustentável com margens altas e baixa alavancagem, posicionada para liderar o setor de biológicos, já que na visão da corretora para a empresa “o crescimento sustentável é como cultivar uma árvore a partir de uma muda: começa com uma pequena semente, mas com tempo e cuidado, torna-se algo forte”.
Resultados e perspectivas para Vittia no 1T23
Apesar de um quarto trimestre (4T22) mais fraco, com atraso no ritmo de crescimento, a XP vê uma combinação de crescimento e qualidade no setor de insumos agrícolas biológicos, aliada a baixa alavancagem (0,6x ND/EBITDA), com margens bem confortáveis e geração de fluxo de caixa. Dessa forma, a corretora prevê taxa de crescimento anual (CAGR) do Ebitda de ~14% entre 2022-2025.
No 1T23, a XP espera resultados mistos para Vittia, uma vez que os produtos baseados em NPK devem enfrentar um momento difícil de curto prazo após aumento dos preços. Dessa forma, a corretora projeta uma queda de 29% ano a ano para produtos industriais e de 67% ano a ano para a receita de condicionadores de solo e organominerais.
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No entanto, a XP espera um aumento tímido na receita de Fertilizantes Foliares e Micronutrientes do Solo. Além disso, prevê um sólido aumento de receita de 48% em relação ao ano anterior para Biológicos, o que é altamente positivo e deve ajudar as margens da empresa.
Assim, a XP projeta uma receita líquida de R$ 154 milhões (-1% ano a ano), com margem bruta subindo para 42,8% (vs. 34,2% no 1T22), o que deve levar o Ebitda a crescer 35% ano a ano para R$ 35 milhões.