XP irá lucrar “montanha” de R$ 2 bilhões em 2020, estimam analistas do BTG
O boom de brasileiros que tem migrado para a renda variável em 2020, à medida que a Selic navega por mínimas históricas, alavancou o otimismo entorno da ação da B3 (B3SA3), a dona da Bolsa do Brasil.
Porém, ela não será a única empresa a surfar a onda, segundo a equipe do BTG Pactual (BPAC11).
O analista Eduardo Rosman está de olho na XP Inc. (XP), desde que a companhia projetou mais que dobrar seu lucro líquido no 2° trimestre de 2020, visando alcançar R$ 520 milhões.
Além disso, a empresa de Guilherme Benchimol precificou, no dia 2 de julho, uma oferta secundária de 19,5 milhões de ações a US$ 42,50 por papel, em uma movimentação de US$ 830 milhões.
Rosman pontua que fortes equities e volumes futuros, decorrentes do boom de investidores, muito maior do que o esperado para o 2° trimestre; além da oferta de ações, “permite estimar um salto de 29% no lucro da XP em 2020, que abarcará R$ 2 bilhões”.
Ainda assim, o BTG mantém uma recomendação neutra em relação aos papéis da XP e enxerga a B3 como um player mais vantajoso para capitalizar o aumento de investidores.
Chegada dos brasileiros à Bolsa
Na visão de analistas, com o Ibovespa (IBOV) próximo aos 100 mil pontos, “os volumes provavelmente continuarão resilientes mesmo se a velocidade de giro das negociações perder força”.
Os números do segundo trimestre da B3 devem vir tão fortes quanto no início do ano, avaliou o Credit Suisse.
O banco suíço está assumindo uma rotatividade maior devido ao aumento estrutural de investidores de varejo na Bolsa.
A equipe de análise reiterou sua recomendação de compra e elevou o preço-alvo do papel, de R$ 58 para R$ 65.