XP/Ipespe: Cresce número de brasileiros que culpam Lula pela situação econômica atual
O percentual formado pela população brasileira que culpa o governo Lula pela situação econômica atual subiu três pontos percentuais, de acordo com a Pesquisa XP com a População de julho, feita pela XP Investimentos e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e divulgada neste domingo (7). Em um mês, a variação foi de 30% para 33%.
O número de brasileiros que responsabilizam o governo Dilma, por outro lado, sofreu retração, indo de 17% para 14%. A culpa sobre o governo Bolsonaro ficou estável em 8%.
Governo Bolsonaro
A avaliação do governo Bolsonaro não demonstrou alterações de junho para julho, tendo 34% respondido bom ou ótimo, 28% regular e 35% ruim ou péssimo.
Questionados sobre o que esperam do restante do mandato atual, 47% dos entrevistados disseram estar otimistas, acreditando que o governo Bolsonaro será ótimo ou bom. 29% esperam um governo ruim ou péssimo.
Congresso
A quantidade de brasileiros que avaliam o Congresso como ruim ou péssimo subiu de 43% para 45%, puxada pela queda dos que veem como bom ou ótimo (12%) e regular (39%).
Corrupção
Sobre a corrupção nos próximos seis meses, 39% da população acreditam que terá diminuído ou diminuído muito. Na outra extremidade, a corrupção terá aumentado ou aumentado muito para 28%.
Reforma da Previdência
Quando questionados se a reforma da Previdência é necessária, 65% disseram que sim, enquanto 29% afirmaram que não. 6% não quiseram ou souberam responder.
56% da população são a favor das mudanças, sendo que 26% concordam totalmente e 30% não concordam por completo. A parcela que se diz contra é formada por 39%, com 12% reprovando a reforma, mas achando necessária, e 27% discordando completamente.
Para 80%, a reforma será aprovada.
Lava Jato
Perguntados se tomaram conhecimento do episódio da troca de mensagens envolvendo o ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores da Lava Jato, a grande maioria (84%) respondeu que sim. O conteúdo vazado, no entanto, não irá alterar a opinião de 51% sobre a operação.
43% defendem que a Lava Jato não cometeu excessos ao combater a corrupção no país. Para 33%, a operação cometeu excessos e algumas decisões devem ser revistas.
Metodologia
As 1.000 entrevistas foram realizadas por telefone entre 1 e 3 de julho de 2019. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.