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XP Investimentos vê uma OPEP+ impaciente, ao mesmo tempo em que fornece suporte aos preços do petróleo; entenda

04 jun 2024, 11:16 - atualizado em 04 jun 2024, 11:16
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Brasil também entra na história, com crescimento de produção de petróleo mais brando durante o ano (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

Durante a reunião da OPEP+ deste domingo (02), foi optada pela extensão dos cortes de produção do petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados, sendo produzidos 2,2 milhões de barris a menos por dia, além de cortes voluntários que seguem até 2025.

Para a XP Investimentos, a decisão era esperada pelo mercado, enquanto o comunicado à imprensa feito pela Organização foi lido como “neutro”, com a presença de narrativas otimistas e pessimistas.

O petróleo Brent recuava 1,71%, sendo cotado a US$ 77,02, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) apresentava redução ainda maior, de 1,83%, e cotação de US$ 72,86 por barril.

OPEP+ demonstra compromisso com suporte dos preços do petróleo

Segundo o relatório da XP, assinado por Regis Cardoso e Helena Kelm, a narrativa otimista demonstra o compromisso do bloco com o suporte dos preços da commodity, com uma extensão de cortes mais longa do que o esperado, enquanto o ritmo de produção durante a segunda metade de 2024 deve ser mais lento, com um crescimento mais brando de produção inclusive do Brasil.

Já a narrativa pessimista apresenta pontos como a possibilidade de aumento da oferta a partir do quarto trimestre deste ano e o fato de que alguns países receberam aumentos de produção, como os Emirados Árabes Unidos e a Rússia.

“Ambos os itens sugerem que os membros da OPEP+ estão ficando impacientes com os níveis crescentes de capacidade de produção ociosa”, afirma a XP, complementando também que o comunicado forneceu o entendimento de que os países estão frustrados com o não cumprimento das cotas de produção por parte de nações como Iraque, Rússia e Cazaquistão.

“Em suma, continuamos a ver os mercados de petróleo como gerenciados pelo grupo e esperamos uma relativa estabilidade de preços em torno do nível atual”, finalizam os analistas.

Além disso, a reunião coincidiu com a venda pela Arábia Saudita de ações adicionais da Aramco, levantando cerca de US$ 12 bilhões para a nação. O governo do país permanece sendo o principal acionista da empresa, detendo cerca de 82% da petrolífera.

No radar, também está o relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê uma redução na demanda pela commodity após fracas entregas, principalmente na Europa.

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