Economia

XP Investimentos joga projeções do PIB brasileiro em 2024 e 2025 para cima

26 nov 2024, 15:46 - atualizado em 26 nov 2024, 15:46
pib brasil
XP eleva projeções para o PIB de 2024 e 2025 para 3,4% e 2%, respectivamente (Imagem Getty Images Pro)

A XP Investimentos elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano de 2024 de 3,1% para 3,4%. A mudança, segundo a equipe de pesquisa macroeconômica, reflete a desaceleração da atividade doméstica menor do que o esperado no segundo semestre.

“A demanda interna continua sólida, devido sobretudo à resiliência do mercado de trabalho e ao aumento das concessões de crédito”, dizem os especialistas.

Já para 2025, a XP continua a projetar um crescimento econômico mais moderado. O aperto adicional das condições financeiras, o menor impulso fiscal e o fim da capacidade ociosa dos fatores de produção são as principais razões por trás desse cenário.

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Por outro lado, eles esperam que os setores menos sensíveis ao ciclo econômico, como a agropecuária, cresçam de forma acentuada no ano que vem. Além disso, o efeito de carrego estatístico para o PIB de 2025 deve maior do que o inicialmente estimado — 0,9% frente a 0,7%.

A casa também revisou a projeção para o crescimento do PIB em 2025, de 1,8% para 2%.

O que esperar do PIB no restante de 2024?

Para o terceiro trimestre deste ano, a XP espera uma alta de 0,9% no PIB. “A atividade econômica permaneceu sólida, com expansão da demanda doméstica e sinais positivos em praticamente todos os setores”, afirmam.

Pelo lado da oferta, a agropecuária retomou o crescimento após a queda observada no segundo trimestre. “Estimamos que o PIB do setor primário tenha crescido 1,8% no 3º trimestre, após contração de 2,3% no 2º trimestre”.

Segundo a equipe da casa, o forte desempenho das atividades pecuárias — especialmente bovinos — compensou os resultados fracos da agricultura. Como exemplo, a produção de cana-de-açúcar, café e milho apresentou queda na comparação anual.

Em relação à indústria, o PIB deve avançar 1% de julho a setembro. Eles projetam que a indústria de transformação apresente novamente crescimento significativo — de 1,2% –, com destaque para os bens de consumo duráveis. Além disso, espera-se que a indústria extrativa tenha se recuperado parcialmente da queda de 4,4% no segundo trimestre e suba 1,7%.

Do lado de serviços, a equipe estima uma desaceleração gradual. “Projetamos ganho de 0,6% no PIB de Serviços do 3º trimestre. Seis dos sete componentes devem apresentar resultados positivos na base trimestral”, dizem.

Já pelo lado da demanda, a absorção doméstica manteve a trajetória de alta, impulsionada tanto pelo consumo quanto pelo investimento, e espera-se aumento de 0,9%. Com relação ao consumo das famílias, eles estimam alta de 1%, refletindo o mercado de trabalho aquecido e o aumento das concessões de crédito.

Por fim, a contribuição do setor externo foi novamente negativa, na esteira do aumento das importações. “Calculamos que a contribuição líquida do setor externo no 3º trimestre tenha sido negativa em 0,1%, já que as importações continuaram em território positivo e as exportações perderam força”.

Os resultados do PIB brasileiro nesse período serão divulgados em 03 de dezembro.

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