XP indica 9 fundos imobiliários para encarar o fim da quarentena em maio
Faltam poucas horas para abril acabar, mas já é possível dizer que os fundos imobiliários se saíram bem. O Ifix, índice que acompanha a variação da cota dos principais fundos, termina o mês com alta de 4%, segundo Renan Manda, analista da XP Investimentos, após uma queda de 16% em março.
O desempenho é ainda mais elogiável, quando se considera que o rendimento de parte das carteiras provém de estabelecimentos diretamente afetados pelas medidas de isolamento social para conter a pandemia de coronavírus, como shopping centers e hotéis.
A XP trabalha com a tese de que a curva de contaminação do Brasil está atrasada em relação à de países europeus e asiáticos. Por isso, a reabertura da economia não será tão imediata. Assim, ao elaborar a carteira recomendada de fundos imobiliários para maio, promoveu algumas mudanças.
“Dadas as incertezas quanto ao crescimento econômico e a restrição ao fluxo de pessoas, continuamos com baixa exposição ao segmento de shopping centers e alta alocação em papéis mais defensivos, de menor risco e menor volatilidade, como o segmento de fundos de recebíveis e de galpões logísticos”, afirma Manda.
Carteira defensiva
Os nove fundos escolhidos para a carteira de maio são distribuídos entre as seguintes categorias: fundos de recebíveis (37,5% da carteira), logística (30%), shopping centers (10%), fundos híbridos (10%), lajes corporativas (7,5%) e fundos de fundos (5%).
A distribuição sinaliza uma troca entre os setores preferidos. Em março, o favorito era o de logística, com 37%. Em segundo lugar, estavam os fundos de recebíveis, com 30%. A preferência por recebíveis, segundo a XP, deve-se ao seu caráter mais defensivo.
A mudança reflete a decisão de Manda de excluir, da carteira de maio, o CSHG Logística (HGLG11) e incluir o CSHG Renda Urbana (HGRU11). O analista afirma que, embora o fundo de logística tenha um bom portfólio de ativos, o potencial de valorização das cotas praticamente se esgotou, após subirem 12% no mês passado.
Já a chegada do HGRU11 se deve à oportunidade de explorar fundos com ativos em áreas urbanas. A XP explica que um diferencial desse fundo é a sua exposição ao setor de supermercados, pouco afetado pela quarentena.
Além disso, outra parte do portfólio é composta por imóveis locados para grandes grupos educacionais, como Yduqs (YDUQ3) e Laureate, que contam com boa capacidade de pagamento.
Veja, a seguir, os nove fundos imobiliários recomendados pela XP para maio.
Fundos | Setor | Peso (%) | |
---|---|---|---|
RBRF11 | RBR Alpha Multiestratégia | Fundo de fundos | 5 |
RBRR11 | RBR High Grade | Recebíveis | 10 |
CPTS11B | Capitânia Securities | Recebíveis | 10 |
KNIP11 | Kinea Índices de Preços | Recebíveis | 17,5 |
XPLG11 | XP Log | Logística | 20 |
SDIL11 | SDI Logística | Logística | 10 |
XPML11 | XP MALLS | Shopping center | 10 |
HGRE11 | CSHG Real Estate | Lajes corporativas | 7,5 |
HGRU11 | CSHG Renda Urbana | Fundo híbrido | 10 |