XP Inc (XPBR31): Ações disparam após resultados positivos no 2T24
As ações da XP Inc (XPBR31) disparam hoje na bolsa brasileira, refletindo o desempenho da empresa nos resultados do segundo trimestre de 2024. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no período, representando um aumento anual de 14%.
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No momento, os BDRs da XP fecharam em alta de 7,26%, a R$ 7,26. Além disso, as ações também encerraram o dia em tom positivo em Nasdaq, com avanço de 6,18%, a US$ 19,58.
Opiniões de analistas sobre a XP
De acordo com Daniel Vaz, analista do Safra, a empresa apresentou um número 4% acima das estimativas do banco, em grande parte devido ao rigoroso controle de custos operacionais.
“As ações da XP caíram 28% desde o início do ano, e esperamos que os resultados do segundo trimestre apoiem uma sessão de negociação positiva hoje”, afirmou Vaz.
Contudo, apesar da perspectiva positiva, o Safra reitera uma recomendação neutra para a XP, refletindo o ceticismo do banco referente a surpresas relevantes de lucros no atual ambiente macroeconômico.
Segundo os analistas do Goldman Sachs, as taxas de juros mais baixas do que o esperado, o forte crescimento no DCM impulsionando receitas e um mercado altista, levando a um maior interesse em outros ativos de alto rendimento, podem ajudar a empresa.
Na ponta negativa, um dos principais riscos é a concorrência. Além disso, a não exclusividade da IFA pode potencialmente impactar o crescimento e custos da XP. Os analistas explicam que os riscos de execução, que limitam o crescimento de novas verticais, e altas taxas podem impactar negativamente as entradas e receitas.
A recomendação é neutra.
BTG Pactual vê potencial para a ação
Por outro lado, os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, do BTG Pactual, reiteram a recomendação de compra para a XP. De acordo com o banco, apesar das expectativas estarem baixas para a divulgação do 2T24, a empresa surpreendeu.
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“Sim, as expectativas eram baixas e as perspectivas para os próximos trimestres são definitivamente não são as melhores, dada a probabilidade crescente de aumento da taxa Selic. Porém, o segundo trimestre foi, ainda assim, melhor”, explicam.
Com isso, os analistas ressaltam que a XP ainda está longe de um cenário com “céu azul”, mas veem um horizonte positivo para empresa.
“Embora acreditemos que parte desta desvalorização tenha sido justa, dada a sua incapacidade, até o momento, de convencer os investidores de que poderia gerar valor além dos investimentos e sem um ambiente de taxa Selic menor, os números do segundo trimestre mostram que a ação foi excessivamente punida”, dizem.
Dessa forma, o BTG estabilizou o preço-alvo de 12 meses em US$ 23,50.