XP Inc. (XP) perde 8% em NY, seguindo contágio de techs com temor de recessão nos EUA

As ações da XP Inc. (XP) operam em queda de quase 8% na Nasdaq nesta terça-feira (4), repercutindo maior temor de recessão econômica.

Os papéis da empresa brasileira estão sendo penalizados pelo sentimento de aversão ao risco, atrelado ao prolongamento do ciclo de contração monetária em curso nos Estados Unidos e o impacto real no crescimento da receita que os elevados custos de capital devem causar.

De um modo geral, as empresas de tecnologia, como é o caso da XP, e demais fintechs, tendem a sofrer ainda mais com a deterioração das condições macroeconômicas no curto prazo.

Às vésperas da inflação ao consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), as apostas das instituições se inclinam massivamente para um aumento de 0,75 pp na próxima reunião do Federal Reserve, em novembro. Se confirmada, será a quarta vez seguida de aperto monetário nessa magnitude. Além disso, será a sexta vez neste ano que haverá aumento na taxa de juros nos EUA. 

Segundo relatório divulgado ontem pelo JP.Morgan, chancelado pelo CEO, Jamie Dimon, dois meses separam a maior economia do quadro de recessão.

Venda de ações de sócio minoritário pesam

Além dos ventos macroeconômicos contrários, as ações da XP ficam sob a influência da venda de 6,500 milhões de ações Classe A pela holding de investimentos Itaúsa (ITSA4) anunciadas na semana passada. As ações classe A são usadas para que a alta administração tenha um poder de voto maior em um mercado aberto e volátil.

Com a alienação, a Itaúsa passa a reter 3,27% do capital votante da XP e 9,17% do capital total da empresa de investimentos.

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