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XP se diz otimista com setor de papel & celulose e eleva Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3) para compra

19 out 2024, 14:44 - atualizado em 19 out 2024, 14:47
suzano klabin irani
XP atualiza recomendações para Klabin, Irani e Suzano (Imagem: LinkedIn/Bracell)

XP Investimentos está otimista com o setor de papel & celulose e, inclusive, atualizou as recomendações para Klabin (KLBN11), Irani (RANI3) e Suzano (SUZB3).

Apesar de reconhecerem que os preços da celulose — assim como qualquer outra commodity — são cíclicos e a incerteza quanto à magnitude da atual crise, os analistas dizem que a estabilização recente dos preços e a visão estrutural positiva para as cotações os deixam otimistas para adicionar exposição ao setor.

“Estamos atualizando Klabin e Irani para comprar (de neutro) e reiterando nossa classificação de compra para Suzano (melhor escolha)”, afirmam Fernanda Urbano, Guilherme Nippes e Lucas Laghi.

Para Suzano, os analistas dizem que há “várias métricas” atraentes. Já Klabin tem uma história de desalavancagem para impulsionar seu potencial de alta do patrimônio, enquanto Irani tem o crescimento dos lucros apoiado pelo aumento contínuo da Gaia ao longo de 2025 e 2026.

A principal escolha do setor

Em relação a Suzano, principal escolha da casa no setor, os analistas acreditam que está bem posicionada para capitalizar um potencial ponto de inflexão no ciclo da celulose.

Além disso, com o fluxo de caixa incremental significativo após o aumento da Cerrado, eles veem indicações — como recompra de ações e aquisições estratégicas menores — mitigando uma percepção de alocação de capital piorada, após os rumores em torno da aquisição da International Paper.

Por fim, a XP vê a Suzano como “atraente” por meio de várias métricas, com rendimento de Fluxo de Caixa Livre (FCF) esperado para 2025 e 2026 de cerca de 12% a 15% e múltiplos descontados.

Klabin e Irani também são ‘compra’

A Klabin, semelhante a Suzano, se beneficia da perspectiva positiva para os preços da celulose, juntamente com o melhor momento em seus negócios de papel e embalagens.

Além disso, após a aquisição da Caetê e considerando o aumento dos projetos em andamento, os analistas esperam que a redução da alavancagem e a expansão do Ebitda respaldem o potencial de valorização do patrimônio sem mudanças significativas nos múltiplos de avaliação.

Já para a Irani, dada a exposição total ao mercado brasileiro de embalagens, também se beneficia de um melhor ambiente de demanda doméstica por papelão ondulado.

Os analistas afirmam ainda que, embora os custos mais altos de papelão reciclado (OCC) limitem as melhorias nos lucros no curto prazo, o ambiente positivo de demanda por embalagens e o aumento da plataforma Gaia devem impulsionar o crescimento dos lucros nos próximos anos.

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