Itaú fez “ótimo negócio” e XP pode valer até R$ 60 bilhões em 2020, calcula BTG
Diante da publicação dos resultados operacionais da XP Investimentos do primeiro semestre, o BTG Pactual divulgou relatório sobre o panorama da corretora, com estimativas de quanto a instituição deverá captar em seu IPO (Oferta Inicial de Ações).
Pelo cálculo com múltiplo P/L (Preço sobre Lucro) de 30 vezes dos R$ 2 bilhões estimados para o lucro líquido de 2020, os analistas Eduardo Rosman e Thomas Peredo avaliam que a XP Investimentos poderá valer R$ 60 bilhões.
A expectativa para o lucro líquido deste ano é de R$ 1 bilhão. “A XP Investimentos parece estar claramente no caminho certo”, diz o BTG.
Parceiro estratégico
Como o Itaú Unibanco (ITUB4) adquiriu parte da corretora, “a parcela de 50% seria avaliada em R$ 30 bilhões, ou 10% da capitalização de mercado do banco”, calcula o BTG Pactual, ao utilizar o mesmo múltiplo de aproximadamente 30 vezes o P/L de 2017, quando o Itaú fez “ótimo negócio”, ao pagar R$ 6 bilhões pela participação.
Os analistas ainda ponderam que o Itaú deverá ser um parceiro estratégico para a operação da XP Investimentos. Investidores próximos do IPO avaliam a corretora como uma “fintech lucrativa com rápido crescimento no lucro líquido e modelo de negócios disruptivo”.
Ativos e clientes
“A XP ainda não publicou sua última atualização com a base total de ativos mas, de acordo com o Brazil Journal, já superou a casa dos R$ 300 bilhões em setembro”, aponta o BTG, o que diz ser uma “performance impressionante” em relação aos R$ 200 bilhões de 2018.
O BTG Pactual ainda destaca o número de clientes ativos de 1,3 milhão e o aumento de 62% das despesas operacionais gerais na base anual de comparação, em especial pela alta de 75% nos gastos com pessoal e no avanço de 68% nos custos com comissões.
Indicação
A recomendação para as ações do Itaú Unibanco é de compra, com preço-alvo de R$ 42,00 para doze meses. Case se materializem as projeções de Rosman e Peredo, o papel poderá subir até 22,7%.