Economia

XP eleva projeção para Selic a 11,75% ao final deste ano e vê mais uma alta em 2025

19 ago 2024, 17:01 - atualizado em 20 ago 2024, 9:00
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XP eleva projeção para Selic ao final de 2024 para 11,75% (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A XP Investimentos elevou sua projeção para a Selic a 11,75% ao final de 2024. Caio Megale e equipe esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie um novo ciclo de alta de juros em setembro.

A expectativa é de que o Comitê eleve a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião, seguido de mais duas altas de 0,50 p.p. Em 2025, a XP vê um aumento final de 0,25 p.p., em janeiro.

Os economistas da casa destacam que a atividade econômica e o mercado de trabalho vêm se mostrando mais fortes do que o esperado. “O Copom tem enfatizado sua postura dependente de dados. E indicadores recentes sugerem que a política monetária não está suficientemente restritiva”, dizem.

No entanto, o que realmente os fez mudar o cenário base para a Selic foi a recente comunicação dos membros do Copom.

“Os membros do Comitê têm apontado que, em 3,2%, a previsão de inflação está acima da meta. Ademais, eles mencionaram que as perspectivas de inflação são desconfortáveis e assimétricas para cima, e que o aumento das expectativas inflacionárias exige uma reação”, afirmam.

Considerando a distância do nível neutro de juros maior, a XP acredita que o Copom encontrará espaço para cortes no final de 2025 ou início de 2026. “Aguardaremos a evolução dos dados antes de calibrar esse cenário. Por ora, manteremos a projeção de taxa Selic em 12,00% para o final de 2025”, dizem.

Qual é o cenário atual?

Ao avaliar o cenário atual, os economistas da XP destacam que a taxa de câmbio brasileira se depreciou mais do que seus pares este ano.

Ao mesmo tempo, as expectativas de inflação subiram, afastando-se mais da meta de 3%. Além disso, o Índice de Preços ao Atacado (IPA) subiu e deve pressionar a inflação ao consumidor nos próximos meses.

“Essas são evidências de que a política monetária não está suficientemente restritiva; e seriam suficientes para uma reação do Banco Central“, dizem.

Por outro lado, os riscos de recessão global, que poderiam reverter parte das pressões inflacionárias no Brasil, diminuíram. “Dados econômicos recentes dos Estados Unidos mostram que um ‘pouso suave’ (ou controlado) é o cenário mais provável por ora”, afirmam.

Na China, indicadores de julho sinalizaram taxa de crescimento econômico relativamente estável. Assim, vetores globais baixistas para a inflação brasileira parecem menos intensos no momento.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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