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XP eleva preços-alvos de Klabin e Suzano com boa perspectiva para a celulose no longo prazo

25 maio 2020, 7:29 - atualizado em 25 maio 2020, 7:29
Suzano
A boa recomendação para a ação tem como base a expectativa de recuperação das margens dos fabricantes de papel na China e a tendência de alta para a demanda por celulose (Imagem: Instagram/Suzano)

A XP Investimentos atualizou a tese de investimento para o setor de papel e celulose, incorporando os resultados do primeiro trimestre para Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3). Com um tom mais otimista a longo prazo, a corretora reiterou recomendação de compra aos papéis de ambas as empresas e elevou seus preços-alvos para, respectivamente, R$ 22 e R$ 47.

“Temos uma perspectiva positiva para os preços de celulose no longo prazo com a normalização dos estoques, a recuperação gradual das margens dos fabricantes de papel e os poucos projetos de celulose no futuro”, explicou o analista Yuri Pereira.

A XP manteve suas estimativas de celulose para este ano a uma média de US$ 500 por tonelada, com os preços atualmente negociados em torno de US$ 460 por tonelada desde outubro do ano passado.

“Acreditamos que o preço da celulose esteja num fundo e deva continuar a recuperação iniciada em 2020, à medida que os estoques de celulose normalizam e a economia chinesa responde aos estímulos do governo”, afirmou Pereira.

Klabin

A alavancagem segue como um risco, tendo em vista a alta do dólar e a execução do projeto Puma II (Imagem: Youtube/Klabin)

Apesar das preocupações envolvendo os efeitos da covid-19, os números de vendas seguem saudáveis, com perspectiva de demanda para papel e embalagem ainda maior no longo prazo.

A alavancagem, por outro lado, segue como um risco, tendo em vista a alta do dólar e a execução do projeto Puma II.

“Estimamos a razão dívida líquida sobre Ebitda em 3,7 vezes e 3,4 vezes em 2023 e 2024”, disse o analista.

Suzano

A boa recomendação para a Suzano tem como base a expectativa de recuperação das margens dos fabricantes de papel na China, a tendência de alta para a demanda por celulose e a falta de novas capacidades pela frente.

Além disso, o balanço saudável da companhia e as potenciais sinergias adicionais a serem capturadas com a Fibria fortalecem a visão positiva.

A XP elevou a previsão de Ebitda para R$ 15,6 bilhões em 2020, impulsionado pela valorização da moeda norte-americana.