XP e BTG reconhecem portfólio de qualidade da Iguatemi, mas divergem nas recomendações
O balanço trimestral da Iguatemi (IGTA3) veio em linha com as projeções do BTG Pactual (BPAC11), mas abaixo do que a XP Investimentos esperava.
Segundo a corretora, os custos e as despesas vieram ligeiramente acima das estimativas, bem como as despesas financeiras líquidas. O SSS (Vendas Mesmas Lojas) caiu quase 13%, na comparação anual, enquanto o SSR (Aluguéis Mesmas Lojas) atingiu uma retração de 26,5% por conta das restrições impostas para conter a disseminação da covid-19.
Apesar de reconhecer que 2020 será um ano desafiador para o setor de shoppings, a XP reiterou sua recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de 47.
“A recomendação reflete nossa percepção de que a empresa reúne (i) um portfólio de alta qualidade, com nível elevado de produtividade, o que deveria resultar em resiliência superior quando comparado à média das pares, (ii) um balanço sólido e (iii) um valuation atrativo”, explicou a analista de Transporte, Bens de Capital e Shoppings, Bruna Pezzin.
A equipe de análise do BTG manteve recomendação neutra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 43, considerando as dificuldades dos próximos meses e o alto nível de incerteza com a reabertura econômica.
“Não sabemos realmente quando os shoppings serão reabertos e acreditamos que a ‘taxa de mortalidade’ de pequenos varejistas será alta (impactando os aluguéis)”, comentaram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio. Mesmo assim, os analistas também destacaram a qualidade do portfólio da empresa, que ajudará a mitigar os efeitos da pandemia.