Mercados

XP fecha em queda de 5% com UBS, Credit Suisse e JP Morgan iniciando cobertura das ações

06 jan 2020, 18:30 - atualizado em 06 jan 2020, 18:34
XP
A plataforma de serviços financeiros fez sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq no mês passado (Imagem: Crédito: Divulgação)

Na manhã desta segunda-feira as ações da XP Inc. (XP) fecharam em queda na Nasdaq, com o mercado reagindo a um dia de aversão a riscos com o cenário geopolítico.

Além disso, analistas do UBS e do Credit Suisse começaram a cobertura dos ativos com recomendação ‘neutra’ e preços-alvo de US$ 42 e US$ 43, respectivamente, enquanto o JPMorgan iniciou com ‘overweight’ e preço-alvo de US$ 44, de acordo com relatórios enviados a clientes.

Com isso, os ativos caíram e 5,26% a US$ 36,21.

A plataforma de serviços financeiros fez sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq no mês passado, após precificar sua oferta inicial de ações a US$ 27 por papel, em operação que movimentou cerca de US$ 1,9 bilhão – valor que não considera lotes adicionais.

Desde então, as ações já subiram cerca de 40%, tendo fechado na última sexta-feira a US$ 38,22 .

“A XP possui um modelo de negócios diferenciado, desafiando as instituições tradicionais, educando os investidores, permitindo o acesso a uma gama mais ampla de produtos financeiros, alavancando a tecnologia e fornecendo atendimento ao cliente de alta qualidade com taxas baixas”, afirmaram Mariana Taddeo e equipe, do UBS.

Na visão dos analistas do banco, tal modelo permitirá à XP continuar ganhando participação nos ativos de investimento de varejo sob custódia (AUC), apesar da crescente concorrência e do potencial fim da exclusividade de agentes autônomos de investimento.

XP Inc
No relatório, a equipe do Credit Suisse estimou crescimento de 40% nos lucros por ano (CAGR) até 2023 (Imagem: Nasdaq)

Eles ponderaram, contudo, que, após o forte desempenho das ações desde o IPO em 11 de dezembro, os papéis estão sendo negociadas a preços razoáveis (71x 2020E PE e 1,7x PEG), na visão dos analistas do UBS, citando que poderiam ficar mais ‘construtivos’ com a XP se os ativos sob custódia crescerem mais rápido do que o esperado com mais clientes/fluxos.

Na mesma linha, os analistas do Credit Suisse liderados por Marcelo Telles destacaram que XP é a plataforma de investimento independente dominante no Brasil e que tem capturado uma participação de mercado significativa dos bancos tradicionais, enquanto desfruta do vento positivo de investidores de varejo ricos que migram para ativos mais arriscados.

“A XP Inc tem sido uma empresa de rápido crescimento e lucrativa, com taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3 anos em ativos sob custódia (AUC) de 81% e retorno sobre o patrimônio (ROE) variando de 25% a 37%”, ressaltaram.

No relatório, a equipe do Credit Suisse estimou crescimento de 40% nos lucros por ano (CAGR) até 2023, mas também ponderou que, considerando o desempenho dos papéis desde a sua listagem na Nasdaq e comparando com suas concorrentes, as ações do grupo estão sendo negociadas com prêmio até 2023.

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