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XP: Aprovado do jeito que está, projeto da Câmara queima 25% do lucro das farmácias

19 jul 2022, 12:23 - atualizado em 19 jul 2022, 12:45
Droga Raia farmácias
Aumento da base salarial dos farmacêuticos pode impactar negativamente o lucro das farmácias (Imagem: Facebook/Droga Raia)

A aprovação do projeto de lei pela Câmara dos Deputados, que visa aumentar a base salarial dos farmacêuticos para R$ 6,5 mil por mês, contra a média atual de R$ 3,5 mil por mês, pode ter um impacto negativo de 25% no Ebtida, que mede o resultado operacional, das farmácias, segundo estimativas da XP Investimentos.

Isso sem, no entanto, assumir que não haja repasse de preços aos consumidores, embora as empresas observem que seria necessário se o projeto de lei fosse aprovado.

“Se aprovado, estimamos que o projeto de lei possa ter um impacto negativo de 25% na média, no Ebtida das farmácias, além de acelerar a consolidação do setor. No entanto, vemos sua aprovação como improvável, dado que, segundo nossa equipe de análise política, o tema não parece ser uma prioridade do governo neste momento”, diz a XP em relatório.

Dessa forma, a XP recomenda compra para Panvel (PNVL3) e Pague Menos (PGMN3) e neutra para Raia Drogasil (RADL3) e d1000 (DMVF3).

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Proposta que pode queimar lucro das farmácias

A PL 1.559/2021 foi aprovada na última quarta-feira (13) e deve ser discutida ainda nas comissões específicas da Câmara (constitucional, de trabalho e serviços públicos, etc.) e aguarda aprovação de senadores e do Presidente da República.

Inicialmente, o projeto de lei era focado nos enfermeiros, mas os farmacêuticos foram incluídos.

A corretora também destaca que se o projeto de lei for aprovado, a medida aceleraria ainda mais a consolidação do setor, uma vez que concorrentes independentes menores, que representam uma média de 24% do mercado, dificilmente conseguiriam absorver o aumento.

Para a XP, aprovação é improvável

Segundo a equipe de análise política da XP, a aprovação completa do projeto é improvável e não é uma prioridade para o governo agora.

Além disso, o projeto de lei destina-se apenas ao setor privado, portanto, criaria possivelmente uma distorção entre os setores privado e público.

“Continuamos vendo as farmácias como um segmento resiliente em meio ao cenário macro desafiador”, finaliza o relatório.

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