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Wiz (WIZS3): Após balanço, CEO promete resultado mais forte e prevê aquisições

12 maio 2022, 19:24 - atualizado em 12 maio 2022, 19:24
Wiz - Guilherme Aguiar e Heverton Peixoto - Foto Celso Doni
Wiz – Guilherme Aguiar (Diretor de Relações com Mercado) e CEO Heverton Peixoto (Celso Doni/ Divulgação)

Após a empresa de seguros Wiz (WIZS3) divulgar o balanço do primeiro trimestre, o CEO da companhia, Heverton Peixoto, promete resultados mais fortes para o restante do ano, vê a empresa avançando e prevê aquisições – em especial no pós-crise.

“A água vai baixar, e a Wiz será o player melhor posicionado para aproveitar oportunidade”, disse o executivo ao Money Times. Segundo ele, a empresa monitora aquisições de concorrentes e potenciais novos projetos.

O mercado de seguros é mais um setor a ter a perspectiva afetada pela alta da taxa básica de juros. A elevação da Selic tende a afetar a tomada de crédito e investimentos, influenciando um mercado que funciona como “extensão” dos dois primeiros.

“Quando você vai construir uma ponte ou quando você compra um carro, precisa de seguro”, exemplifica o CEO da Wiz. Peixoto avalia que o mercado vai sofrer neste ano, com um “pequeno crescimento, sem os dois dígitos históricos dos últimos cinco anos”.

O cenário macro mais adverso tem feito a Wiz ser mais cuidadosa com a alocação de recurso, segundo o executivo. “O grupo está olhando para players seletos, em que a gente confia que a oportunidade é muito clara”, afirma.

Segundo Peixoto, se no passado a empresa chegou a olhar até 15 oportunidades simultaneamente, hoje a Wiz está em diálogo com três companhias.

O executivo também destaca o papel importante da instituições financeiras como parceiras, que devem sofrer menos do que o varejo, por exemplo.

“Mas a gente está olhando copo meio cheio”, comenta. “Talvez seja a grande oportunidade de fazer diferente”, diz sobre o varejo – citando que a Wiz é a única plataforma 100% digital com conexão com venda de seguros dentro do pontos de vendas de veículos no país.

Página virada

O CEO da Wiz destaca que o balanço do primeiro trimestre reitera que a empresa “virou a página” do passado de dependência da Caixa.

Em 2018, o banco comunicou que encerraria uma parceria de 47 anos com a companhia, ao não escolhê-la como co-corretora do balcão de seguros da instituição.

A dependência da receita da empresa em relação a Caixa era da ordem de quase 80%. “Agora, sem nenhuma venda da Caixa, a gente entrega um número basicamente em linha com o primeiro trimestre do ano passado”, diz Peixoto.

A Wiz teve uma queda de 18,7% do lucro líquido no primeiro trimestre, na comparação anual, a R$ 51, 7 milhões. A receita líquida caiu 4,5%, a R$ 214,3 milhões, enquanto o Ebitda gerencial chegou a R$ 93,6 milhões, baixa de 14,3%, com margem a 24,1% – recuo de 4,2 pontos percentuais.

Para superar a Caixa, o CEO da Wiz diz que foram estabelecidas três linhas de negócio: o de parcerias, o de desenvolvimento de negócios já existentes e o de criação de novos negócios – “que vão marcar nosso futuro e médio e longo prazo”.

“Tudo que estava listado que entregaríamos no final de 2024, nós estregamos neste ano”, afirma o executivo.

Segundo o CEO, o primeiro trimestre da Wiz foi “só o início de uma entrega de resultados fortes”. “A força virá no desenvolvimento do BRB Seguros, com avanço em todas as linhas do balanço”, promete.

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