Wiz mostra que pode caminhar sem a Caixa Seguridade; hora de comprar as ações, diz BTG
A Wiz (WIZS3) já disparou em torno de 74% neste ano, mas ainda há espaço para subir mais, aponta o BTG Pactual em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.
O banco elevou a recomendação das ações da empresa de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 19, o que implica em uma alta de 37%.
Segundo o analista Eduardo Rosman, que assina o relatório, as recentes movimentações da Wiz para diversificar o seu portfolio, após perder a licitação da Caixa Seguridade (CXSE3) em fevereiro, tem surtido efeito.
Só a joint venture com o Banco de Brasília para uma corretora de seguros pode acrescentar R$ 4 ao preço do papel.
“O BRB vende principalmente seguro de empréstimo relacionado ao seu crédito tradicional, mas com o ganho de tração vertical digital e a adição da Wiz esperamos que as vendas aumentem ainda mais”, aponta.
Este ano, a base de clientes do banco cresceu 90%, puxado pelo seu banco digital e pela parceria com o Flamengo, chamado de “Nação BRB Fla”.
“Agora esperamos que o BRB contribua com 35-45% dos resultados financeiros da Wiz de 2022 a 2023”, calcula.
Outra iniciativa positiva para a empresa, segundo o BTG, foi o acordo com Inter Seguros, que possui uma participação de 40% no capital da empresa.
“Vemos uma valorização das ações por conta não apenas do negócio, mas porque a penetração mais forte das vendas de seguros no Inter pode gerar risco de alta para as nossas estimativas”, diz.
Nova XP?
Em entrevista ao Money Times, o CEO da Wiz afirmou que a próxima grande avenida de crescimento da companhia é o crédito imobiliário.
“Queremos transformar as imobiliárias em agências bancárias”, afirma Peixoto. Com a ação fechando a última sexta-feira em R$ 11,43, o executivo vê sinais de que o mercado compreende e apoia os novos planos. E, para quem duvida, ele revela a frase que se tornou o slogan interno da empresa, nos últimos tempos: “Never bet against Wiz” (“nunca aposte contra a Wiz”).