Witzel vira réu por corrupção e lavagem no STJ; afastamento do cargo de governador é prorrogado
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sofreu nesta quinta-feira novas derrotas na Justiça e por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se tornou réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
O STJ também determinou o prolongamento do afastamento dele por mais um ano. Ambas as decisões do STJ foram unânimes.
No primeiro julgamento, a Corte Especial do STJ aprovou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Witzel.
O governador eleito do Rio de Janeiro está afastado de suas funções desde agosto quando foi alvo de uma operação que mirou fraudes e irregularidades nas compras e contratações para o enfrentamento à pandemia de Covid-19.
A corte ampliou o afastamento de Witzel por mais um ano e manteve restrições de acesso à dependências do Estado, de morar no Palácio Laranjeiras e de manter contato com outros investigados.
Nesse período, o Estado tem sido governador pelo vice de Witzel, Cláudio Castro (PSC).
A expectativa é que caia o sigilo da delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos.
O relator do processo de impeachment de Witzel no tribunal misto do Rio de Janeiro, deputado Waldeck Carneiro, espera que o julgamento final sobre a perda do mandato do governador afastado ocorra até abril.
“Caindo o sigilo vamos poder voltar a interrogar o Edmar Santos e o poderemos ouvir o governador Witzel… com isso acaba a fase de instrução e acho perfeitamente viável concluir o processo no fim de março ou na primeira quinzena de abril“, disse à Reutes o parlamentar.
Procurada, a defesa do governador afastado não se manifestou de imediato.