Política

Witzel diz que PSC está “namorando” com PSL e busca aproximação para eleição deste ano

03 mar 2020, 20:15 - atualizado em 03 mar 2020, 20:15
Wilson Witzel
Witzel acrescentou que PSL e PSC são liberais “pero no mucho” e entendem que o Estado também precisa fazer investimentos para fomentar a economia (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O PSC está “namorando“ com o PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, e busca uma aproximação já para as eleições deste ano dada a afinidade ideológica entre as legendas, disse o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Segundo ele, o PSC, comandado pelo pastor Everaldo e que tem Witzel como um dos expoentes, sugeriu a incorporação do PSL, mas a legenda que ajudou a eleger Bolsonaro, propôs uma fusão.

O PSL tem uma bancada de mais de 50 deputados federais, tem 2 senadores e governa três Estados.

Witzel acredita que mesmo com a saída de Bolsonaro da legenda, o PSL manterá uma bancada forte (cerca de 30 deputados) e representativa no Congresso e considera natural o partido preferir um fusão em vez de uma incorporação.

Uma eventual união entre as duas legendas abriria, em tese, espaço para Witzel ser candidato à Presidência em 2022, embora tenha dito nesta terça-feira que seu objetivo é a reeleição ao governo do Rio de Janeiro.

“Nessas eleições estamos muito próximos e na de 2022 também estaremos próximos e temos que pensar o Brasil. Sou candidato à reeleição no Estado, mas temos que pensar e ter projeto do Brasil”, afirmou ele a jornalistas.

Witzel acrescentou que PSL e PSC são liberais “pero no mucho” e entendem que o Estado também precisa fazer investimentos para fomentar a economia.

“Esses princípios que temos em comum nos aproximam muito. O PSL tem uma fundação poderosa com milhões mensais em projetos e nós precisamos de um projeto para o Brasil que ainda não encaixou, não decolou e está patinando”, disse ele a jornalistas

O governador disse que a Procuradoria do Estado vai mover uma ação no STF contra a União para cobrar os custos que o Rio de Janeiro tem anualmente com investimentos feitos nas polícias, presídios e manutenção de detentos que cometeram crimes federais ao usarem armas e munições que vieram de outros países e estão envolvidos em tráfico internacional.

“A união se beneficia dos Estados“ , avaliou ele. “Temos um custo de 11 bilhões de reais de custo com polícias ao ano e metade disso é custo da União; metade dos custos de presídios tem que ser suportado pela União. Tem que se avaliar com governadores uma política de segurança nacional e é preciso uma articulação do presidente Bolsonaro e governadores.”