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Wirecard declara falência por não conseguir fornecer provas para US$ 2 bilhões

25 jun 2020, 9:14 - atualizado em 25 jun 2020, 9:18
Empresa alemã declara falência após ex-CEO ser preso sob suspeita de fraude e por não ter conseguido provar de onde vieram US$ 2 bilhões em dinheiro (Imagem: Twitter/Wirecard)

Wirecard, a polêmica processadora de pagamentos alemã, enviou um pedido de falência a um tribunal em Munique.

Comunicando a notícia nesta quinta-feira (25), Wirecard afirmou ter tomado essa decisão por conta de “sobre-endividamento”.

A saga da Wirecard começou na semana passada, quando Ernst & Young (EY), auditora da empresa, disse que não havia encontrado evidências para US$ 2,1 bilhões em dinheiro nas contas da Wirecard. A Wirecard afirmou que saldos “falsos” poderiam ter sido fornecidos por um terceiro “para enganar a auditora”.

Em seguida, Wirecard admitiu o problema e, logo em seguida, Markus Braun, seu CEO, se demitiu. Ele foi preso e liberado após pagar fiança.

Nesta quinta-feira (25), a empresa afirmou estar avaliando se o pedido de falência terá de ser enviado para suas subsidiárias.

As duas subsidiárias da Wirecard, Wirecard Card Solutions e Wirecard Singapore, emitem cartões de débito da bandeira Visa para empresas como Crypto.com e TenX. Ambas as empresas cripto afirmaram ao The Block que suas operações permanecem normais.

Sobre a notícia de falência, Kris Marszalek, CEO da Crypto.com, afirmou que os fundos dos clientes estão “salvos e garantidos pela Crypto.com” e, caso os serviços da Wirecard sejam interrompidos, “você receberá 100% do crédito de volta à sua carteira cripto”.

“Ainda não se sabe, nesse momento, quais subsidiárias serão afetadas e se os serviços serão interrompidos. Forneceremos atualizações a todos sobre o desenrolar dessa situação, mas quero deixar claro para todos os nossos os nossos clientes americanos e cingapurenses que seus fundos estão seguros”, acrescentou ele.

A Bolsa de Valores de Frankfurt (FWB, na sigla em alemão) suspendeu as ações da Wirecard antes da notícia sobre a falência. As ações perderam mais de 90% de seu valor e, atualmente, valem apenas € 10 (ou US$ 11 dólares) cada.