Leilão na bolsa? Empresa ‘fora do radar’ pode ser comprada (e ação disparar até 60%), vê Bradesco BBI
Longe dos holofotes de outras empresa que podem ser compradas ou fundidas, como Braskem (BRKM5), Vibra (VBBR3) ou Eneva (ENEV3), a Wilson Sons (PORT3), maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, se prepara para mudar de controle acionário.
Na noite da última quarta-feira (21), a empresa convocou uma assembleia-geral extraordinária (AGE) para 23 de janeiro de 2024 para propor um plano de não concorrência e retenção de executivos-chave. De acordo com o Bradesco BBI, a notícia pode indicar um acordo iminente de um possível comprador.
“A proposta inesperada pode fazer parte das condições de fechamento do acordo, sugerindo que uma oferta vinculativa e, consequentemente, o anúncio do negócio”, completa.
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Wilson Sons, quem dá mais?
Na visão dos analistas Victor Mizusaki, Ricardo França e Larissa Monte, a suíça MSC, que controla 19,7% da frota global de navios porta-contêineres, parece ser a candidata favorita para adquirir a Wilson Sons.
Porém, conforme informado pela empresa em 14 de novembro, a Ocean Wilson confirmou que durante o processo competitivo, o acionista controlador recebeu diversas ofertas não vinculantes.
“Em nossa opinião, [as ofertas] podem elevar o preço de aquisição para a faixa superior de R$ 19,9 a R$ 25,6/PORT3 ou um múltiplo de 9x a 11x EV/EBITDA para 2024. Isso pode levar a uma alta de 23% a 58% das ações em relação ao preço de fechamento de ontem”, calculam.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para ação, com preço-alvo de R$ 18 para o final de 2024.
Ação dispara
Já em 2023, a ação da Wilson acumula disparada de 50%. Em julho, o colunista Lauro Jardim havia informado que a empresa suíça estaria disposta a pagar R$ 5 bilhões pela Sons.
A empresa tem abrangência nacional e conta com 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, etc.