Wilson Lima pode ser primeiro governador na CPI; colegiado tem quatro reuniões na semana
Além do retorno do ministro da Saúde Marcelo Queiroga na terça-feira (8), a CPI da Pandemia tem outros depoimentos agendados nesta semana, entre eles, o do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco e o do governador do Amazonas, Wilson Lima. Ele será o primeiro gestor estadual a comparecer ao colegiado.
São quatro reuniões. Na quarta-feira (9), a CPI ouve Elcio Franco, que integrou a equipe do ex-ministro Eduardo Pazuello.
Os senadores querem que ele ajude a esclarecer a postura do governo na crise de oxigênio em Manaus, a aquisição e distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19 e a falta de equipamentos do “kit intubação” durante sua passagem pela pasta.
Os senadores adiantaram o depoimento do governador Wilson Lima para quinta-feira (10), após a Operação Sangria, da Polícia Federal, ter sido deflagrada no estado para investigar desvios na saúde. Lima foi um dos alvos da operação. A oitiva estava prevista inicialmente para o dia 29.
A convocação de governadores é alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF). A relatora é a ministra Rosa Weber. Os gestores estaduais pedem a suspensão de “qualquer ato da CPI da Pandemia referente à convocação para depoimento de governadores de estado e do Distrito Federal”.
Segundo o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), as oitivas de governadores estão mantidas enquanto não houver decisão do STF.
Para encerrar a semana, na sexta-feira (11), a CPI o médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Claudio Maierovitch e a pesquisadora Natalia Pasternak, da Universidade de São Paulo (USP). Os dois foram convidados a explicar aspectos técnicos da covid-19.
Requerimentos
Além da nova oitiva de Queiroga, a CPI da Pandemia deve analisar na terça novos pedidos de convocação.
Entre os requerimentos em pauta, estão pedidos de convocação do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que está afastado do cargo pelo Conselho de Ética da confederação após denúncia de assédio sexual e moral, e também do deputado Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania e suspeito de integrar o suposto gabinete paralelo de aconselhamento ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Também há pedidos de quebra de sigilo telefônico e telemático do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro, do ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) Fábio Wajngarten, e de ex-ministros como Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.