Williams, do Fed, diz que política monetária está bem posicionada para reduzir a inflação
O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta quinta-feira (30) que o atual cenário da política monetária é o correto para ajudar a inflação a voltar para 2%, em comentários que não deram nenhuma pista de quando ele acha que o banco central poderá reduzir o custo dos empréstimos de curto prazo.
“O comportamento da economia no último ano fornece ampla evidência de que a política monetária é restritiva de uma forma que nos ajuda a atingir nossas metas”, disse Williams no texto de um discurso preparado para ser proferido em uma reunião do Economic Club of New York.
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“Considero que a postura atual da política monetária está bem posicionada para dar continuidade ao progresso que fizemos para atingir nossos objetivos”, disse Williams.
Ele acrescentou que as autoridades do Fed “continuarão atentas à totalidade dos dados, para que tomemos decisões que garantam que a inflação volte de forma sustentável para 2%, mantendo um mercado de trabalho forte”.
“Em algum momento” o Fed chegará ao momento em que pode cortar os juros, mas não está claro quando isso irá acontecer, disse Williams após sua declaração formal. “Não sinto urgência” em reduzir os juros, no entanto, dado o bom desempenho da economia diante da atual política monetária.
Em resposta a uma pergunta sobre quanto o Fed pode cortar os juros, Williams disse que “se não se quando cortaremos os juros, como posso responder essa pergunta” sobre o eventual escopo dessa ação.
Williams, que também atua como vice-presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece a taxa de juros, falou no momento em que o Fed se aproxima rapidamente de sua próxima reunião de política monetária, marcada para 11 e 12 de junho.
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A expectativa é de que o Fed mantenha os juros no próximo mês na faixa entre 5,25% e 5,50%. O banco central também irá divulgar projeções econômicas atualizadas ao final da reunião.
Goolsbee, do Fed, diz que inflação ainda pode cair sem aumento do desemprego
As autoridades do Federal Reserve estão “tentando entender” se uma melhora na inflação exigirá maior desemprego, com menos ajuda de cadeias de oferta melhores e outras forças que podem reduzir as pressões dos preços por conta própria, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, nesta quinta-feira (30).
“O que todos estão tentando entender agora (…) é se voltamos à tradicional troca entre emprego e inflação?”, disse Goolsbee na CNN International.
“Ainda acho que há algum benefício que está por vir… mas essa é a questão central quando pensamos sobre a macroeconomia.”