Williams, do Fed, diz que corte de estímulos pode em breve ser justificado
O Federal Reserve pode em breve começar a reduzir o ritmo de suas compras de ativos se a economia continuar a melhorar como esperado, disse nesta segunda-feira o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams.
Está claro que houve “progresso substancial” em direção à meta do Fed para a inflação e também “progresso muito bom” rumo ao pleno emprego, disse Williams em comentários preparados para um evento virtual organizado pelo Clube Econômico de Nova York.
Ele se referia ao critério estabelecido pelos formuladores de política monetária do Fed para redução de suas compras de títulos, que estão hoje em 120 bilhões de dólares por mês.
“Supondo que a economia continue melhorando como eu antecipo, uma moderação no ritmo de compras de ativos pode ser justificada em breve”, disse Williams, ecoando comunicado de política monetária emitido pelo Fed após a reunião da semana passada.
Embora alguns membros do Fed incluindo a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e a presidente do Fed de Kansas City, Esther George afirmem que os requisitos para o corte das compras de títulos foram cumpridos, alguns de seus pares disseram que gostariam de ver o crescimento contínuo dos empregos.
Após a conclusão da reunião da semana passada, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que um relatório mensal de empregos “decente” poderia ser um marco para o “tapering” (redução de estímulos), cujo anúncio poderia ocorrer já em novembro.
Williams disse esperar que a economia cresça entre 5,5% e 6% neste ano e que a inflação volte para 2% no próximo ano.
Ele afirmou que ainda levará algum tempo até que a economia dos EUA cumpra os requisitos necessários para que o banco central eleve as taxas de juros dos atuais níveis próximos a zero, apontando incerteza nas perspectivas e necessidade de continuidade do crescimento do emprego.
“Ainda há um longo caminho a percorrer antes de alcançar o pleno emprego”, disse Williams. “E com o tempo deve ficar mais claro se atingimos 2% de inflação de forma sustentada.”